A exuberância dos
primeiros apps deu lugar aos players de música - Pandora Radio, Shazam, AOL
Radio, Lastfm; e redes sociais - MySpace, AIM, Loopt, Earthscape.
Mídias
sociais que são desconhecidas hoje, BeejiveIM e MobileChat eram os mais
rentáveis na categoria pagos. O Twitter e Facebook são os grandes sobreviventes
dos primórdios da Apple Store; o Youtube, comprado pela Google em 2006,
conseguiu permanecer no rol dos mais acessados.
Em um
hardware diferente, os novos aplicativos eram adaptações do que possuíamos
no computador. As empresas de software -
principalmente a Google - aos poucos se adaptaram à ideia do que seriam
serviços verdadeiramente "móveis". Muito do que usamos atualmente em nossos
smartphones estão longe do que existe somente na tela do computador -
Instagram, Snapchat, WhatsApp, Tinder. Os serviços de streaming Youtube e Spotify - se transformaram em redes
sociais.
A App
Store e seu maior concorrente, a Play Store, fazem da criação mobile um setor à
parte no desenvolvimento web. Waze e Uber não fariam sentido nos anos 90, a era
do computador pessoal. Estas tecnologias de vanguarda se criam ao redor da
ideia de que o dispositivo se encontra sempre em movimento - o gadget
smartwatch é a evolução do relógio de pulso integrado ao celular.
Mais do que uma maneira de acessar a internet, o que utilizamos hoje molda o
nosso diário - os apps se tornaram pedaço indispensável de nossa vida interior.
Tudo passa por eles. O tom em 2018 quanto ao controle da informação é de
preocupação, visto o recente debate sobre a possível interferência externa nas
eleições americanas de 2016. O escândalo envolvendo o vazamento de dados do
Facebook para a Cambridge Analytica e a censura em paǵinas ditas "fake news" na
plataforma angariaram multas para as mídias sociais.
Retomando
ao tempo em que o epicentro de nossas vidas não era o smartphone, as
desenvolvedoras de software trazem ao mercado ferramentas para quem gosta... ou
precisa... se desprender do hábito "scrolling".
As
iniciativas Google Wellbeing e Apple's Screen Time - gerenciadores de tempo -
chegarão aos consumidores neste ano, facilitando para o usuário o bloqueio de
notificações indesejadas e controle do conteúdo visualizado. O Wellbeing
consegue travar aplicativos, enquanto o Screen Time facilita a vida dos pais
com um melhor controle parental no dispositivo.