EUA -- o "mentiroso" plano de redução da inflação

08/08/2022

Neste fim de semana tivemos a aprovação do Plano de Redução da Inflação nos EUA no congresso americano obtido através do voto de minerva da vice-presidente dos EUA, Kamela Harris. Tal plano -- resultado de um "rebranding" do plano original "Build Back Better" (Reconstruindo Melhor) -- traz consigo os seguintes pilares:

- Maior uso de energia alternativa

- Implementação de um imposto corporativo mínimo de 15%

- Implementação de um imposto de 1% sobre operações de recompra de ações

- Intensificação dos esforços arrecadatórios

- Alterações nos preços dos medicamentos

O que os especialistas (aqueles que inspiram estes comentários) dizem a respeito do plano?

1. O nome do plano é inapropriado. Isto é, não é um plano de combate à inflação. As principais fontes de inflação nos EUA são os seguintes setores: transporte, moradia e alimentos. O que temos é uma agenda importante (climática) associada a uma bela dose de populismo (temos eleições de mid-term no fim deste ano).

2. O plano é problemático para as empresas de Big Techs. Isto ocorre devido ao fato de que algumas pagavam menos de 15% de imposto de renda por ano.

Na última sexta-feira o meu comentário teve como título "É a hora da verdade!". O que observamos nas últimas horas de mercado, entretanto, é uma tremenda resiliência por parte das ações norte-americanas. A boa notícia é que isso ocorrendo em meio a uma forte recuperação no preço das ações brasileiras.

Continuo otimista com a perspectiva de "outperformance" das ações brasileiras em relação as ações de empresas americanas. Esta maior tributação sobre as "Big Techs" dos EUA é um dado encorajador neste sentido.

Marink Martins


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