GADÉSF!
Graças a Deus é sexta-feira! TGIF para os americanizados! E não é uma sexta qualquer. Trata-se daquela que antecede o carnaVOL dos mercados, com um dia (na segunda-feira também é feriado em NY) em que as negociações correm soltas em NY enquanto alguns descansam por aqui.
Curiosamente, ao contrário do ocorrido em 2020, há boas chances de que a volta deste carnaval seja mais tranquila, sem variações bruscas. Afirmo isso, pois a narrativa dominante desta semana tem sido aquela associada a uma compreensão de que os "market makers" internacionais estão "vendidos" em volatilidade. Por isso, os mercados vêm oscilando pouco, em meio a uma maior rotação setorial.
Além disso, temos as celebrações do ano novo chinês que mantém os mercados acionários fechados por alguns dias. De acordo com calendário da Shanghai Stock Exchange, a bolsa chinesa só reabre na próxima quinta-feira, dia 18/2.
Sendo assim, há quem diga que o ritmo (volatilidade dos mercados) deverá permanecer contido até o dia 19/2 - data do vencimento de opções da semana que vem nos EUA.
Ontem, discursando em um evento organizado pelo BTG Pactual, Paulo Guedes buscou transmitir confiança ao mercado de que a situação fiscal do país está sob controle. Paralelamente, Bolsonaro - em sua live semanal - se mostrou impaciente com o comportamento dos agentes de mercado em meio a qualquer adversidade.
Intuitivamente, julgo que esta sexta-feira é importante também pelo fato de ser o dia da precificação do IPO da CSN Mineração. Isso ocorre em um momento em que o preço do minério de ferro está estável devido ao feriado chinês.
De acordo com a casa de pesquisa Gavekal, é provável que o preço do minério de ferro tenha feito a máxima do ano. Conforme busco descrever no vídeo MyCAP Tendências Globais gravado hoje, nem todas as commodities devem se beneficiar deste novo ciclo de valorização. O preço do minério de ferro, em particular, lidera a lista daquelas que estão mais vulneráveis a um processo de reversão à média.
Um bom fim de semana a todos,
Marink Martins