Mercado americano - Precisa-se de mais testosterona e menos cortisol
Se analisarmos os mercados de forma análoga a que fazemos ao analisar um exame de sangue, pode-se dizer que o Sr. Mercado está com a Testosterona Livre baixa demais.
Faço tal afirmação ao olhar o gráfico do preço das ações do banco, considerado por muitos como o mais influente, e um dos mais eficientes bancos globais. Naturalmente, falo aqui do Banco Goldman Sachs, ou para muitos, "Government Sachs".
Sabe-se que o banco não passa por uma boa fase. Em particular, o banco está sendo processado pelo governo da Malásia que o acusa de negligência e fraude ao coordenar uma emissão de títulos da dívida do país.
Mesmo assim, o atual "valuation" do banco está surpreendentemente baixo.
![](https://e9b06b8561.clvaw-cdnwnd.com/c10a6a74a295bbed25fd3243c36c0340/200001766-81f7d82f22/GS_chart.jpeg?ph=e9b06b8561)
No gráfico acima, as ações do Banco Goldman Sachs em azul, a do ETF XLF representativo do setor bancário em laranja e o índice S&P 500 em verde.
As ações do banco fecharam hoje a US$192,35, abaixo do valor patrimonial por ação de aproximadamente US$197. Neste nível, tais ações negociam com uma relação de preço/lucro de 7,1x contra um média histórica de 11x.
Colocando os problemas particulares da Goldman de lado, há quem diga que é difícil conceber uma recuperação significativa nos principais índices americanos sem a contribuição do setor bancário.
E neste sentido, além da Goldman, temos também as ações do Deutsche Bank em uma queda contínua.
Para finalizar, voltando a analogia histológica, se as ações dos bancos representam a testosterona livre, o VIX que é uma medida associada a expectativa de oscilação do S&P 500, é o cortisol.
Para um mercado mais saudável precisamos de um nível de testosterona livre mais alto e um nível de cortisol mais baixo.
Marink Martins