Um convite a reatividade

03/01/2022

Após ter performado relativamente bem em 2020, iniciei o ano de 2021 mais convicto e, por isso, fui proativo em diversos momentos, buscando detectar diversas tendências nos mercados. O resultado foi um tanto frustrante. Por isso, para esse 2022, volto a uma postura que julgo mais sustentável: a da reatividade.

É importante não confundirmos aqui a reatividade com a passividade. Ser reativo é ser paciente para se mover munido de sinais mais consolidados a respeito de uma determinada tendência.

Dentre os principais temas que impactarão os mercados neste início de 2022, e que merecem uma postura reativa, a trajetória de política monetária nos EUA ocupa um lugar de destaque. Na semana passada, compartilhei que os mercados futuros de FED FUNDS (a taxa de juros básica da economia dos EUA) atribuem uma probabilidade superior a 50% de que o primeiro movimento de normalização na taxa ocorrerá já em março de 2022.

Neste sentido, vale destacar que a agenda de reuniões do FOMC (comitê do FED que define a taxa) prevê uma reunião agora no fim de janeiro e outra em meados de março. Não há reunião do FOMC em fevereiro. Sendo assim, é bem provável que o FED irá guiar os mercados através de comentários já nas próximas semanas.

Buscar adivinhar o que de fato irá ocorrer -- ser proativo -- talvez não seja o mais prudente. Há quem diga que o FED irá conduzir sua política de forma mais frouxa, apostando na transitoriedade da inflação. Já outros especialistas dizem que o FED deverá surpreender os mercados e elevar a taxa básica para níveis bem mais elevados.

Por tudo isso, concluo te desejando um 2022 com muita calma e paciência para que você possa chegar nos momentos críticos de mercado com a força necessária para tirar proveito da situação.

Marink Martins

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