2025: O Mundo Mudou — E Muita Gente Ainda Não Notou

27/11/2025

No ano passado, num almoço no RJ organizado pela TP-ICAP com o pessoal da Gavekal, três temas dominavam a mesa:

1️⃣ Eleições nos EUA — e o receio de um novo ciclo Trump.

2️⃣ Europa perdendo competitividade para a China.

3️⃣ China lidando com o colapso do setor imobiliário.

Pois bem… de lá para cá, o mundo virou de cabeça para baixo. ⚡🌏

A taxa USD/CNY bateu 7,35 e agora está em 7,0758.

Tivemos o "Liberation Day".

E assistimos à Nvidia se aproximar dos US$ 5 trilhões de valor de mercado. 🤯

E, acima de tudo, emergiu aquilo que venho chamando de Era da Coexistência — uma fase em que a China passa a ser tratada como igual pelos EUA no eixo do poder econômico global.

📌 Ao mesmo tempo, surge uma anomalia gritante:

A moeda chinesa está no mesmo nível de 2020.

Mas o superávit comercial da China saltou de US$ 20 bi/mês → US$ 100 bi/mês.

E a inflação americana subiu muito mais do que a chinesa.


Acima, uma imagem obtida através do relatório "Chasing China", preparado pela Universidade de William & Mary. A China investe fora do país um volume de recursos que é muito maior do que originalmente pensado e retratado por órgãos multilaterais. A China é a fábrica do mundo, detentora de um superávit comercial anual de mais de 1 trilhão de dólares. Para onde vão os dólares recebidos pelos chineses???


➡️ Uma reprecificação do yuan parece inevitável.

Se isso acontecer, o impacto para os exportadores do Sul Global — especialmente o Brasil — será profundo.

🇪🇺 Enquanto isso, no velho continente, ocorre uma transformação silenciosa.

Após décadas em que o setor exportador foi o grande motor da região, agora a Europa gira o volante e passa a focar no desenvolvimento doméstico.

A crise energética de 2022 ficou para trás.

O excesso de alavancagem dos países do sul europeu arrefeceu.

E as empresas europeias estão com balanços sólidos, prontas para um novo ciclo de crédito.

Tudo isso impulsionado pelo novo impulso fiscal europeu, fruto das reformas aprovadas na Alemanha.

E ainda há o movimento crescente de integração dos mercados de capitais, que pode destravar fluxos de capital de forma inédita.

Em resumo:

As preocupações de 2024 ficaram para trás.

O mundo de 2025 é outro — e muitos ainda estão presos a narrativas antigas.

Estamos diante de um movimento fiscal coordenado globalmente:

EUA, China, Japão e Europa estão estimulando suas economias ao mesmo tempo.

E nos aproximamos de um ciclo de normalização cambial — com o dólar perdendo espaço para o yuan — um processo que pode ser transformacional para mercados emergentes como o Brasil.

Marink Martins


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