Algo tem que ceder!

11/01/2019

O índice S&P 500 completou ontem 5 dias de altas consecutivas em meio a um mercado cheio de incertezas. Não preciso aqui enumerá-las pois já venho fazendo isso diariamente.

Ontem explorei por aqui a possibilidade de um balançar da roseira!

Digamos que tal balançar ocorreu, porém, com uma intensidade baixa.

E é justamente na intensidade que deverá estar o foco do investidor que busca, probabilisticamente, prever o comportamento dos principais índices nas próximas horas.

Assumamos como premissa que, apesar do aparente descolamento do IBOV, o comportamento do índice americano ainda é um importante "driver" para o que acontece por aqui.

Sendo assim, observo que há um descompasso flagrante entre dois indicadores que servem como termômetro para o mercado.

Falo aqui do VIX - medida associada a expectativa de volatilidade para o S&P, e falo também do índice de correlação implícita calculado pela bolsa de Chicago. Ambos estão elevados demais para um mercado que vem se comportando como uma paciente saudável.

O VIX que chegou a registrar uma máxima no pregão de véspera de natal de 36%, colapsou para o patamar de 20%. Mesmo assim, entenda que este  atual patamar implica em uma expectativa de variação diária no S&P 500 de aproximadamente 1,30%. Isso é alto!

Sendo assim exploro a seguinte tese: Ou o mercado cai e justifica a existência de um VIX a 20%, ou o mercado sobe, e o VIX derrete para patamares próximos a 15%.

Aí você diz: Pô Marink, assim é fácil. Você cobriu todo o espectro!

Sim! O meu objetivo aqui é, neste complexo mundo do mercado de ações, afetado por diversas variáveis, buscar te ajudar a focar nas principais variáveis. Te dizer se vai subir ou cair, posso até tentar, mas não deixa de ser um chute.

De forma análoga, uma outra variável ainda menos explorada por traders locais é o índice correlação calculado na bolsa de Chicago. Este também está alto. Está próximo a 50%.

Tal índice nos mostra o nível de correlação entre as 50 maiores empresas do índice S&P 500. Na crise de 2008, este índice se aproximou de 80%; isto é, tudo subia e caia em sintonia - algo comum em crises.

Nos últimos anos, tal índice tem ficado próximo a 40%.

Dito isso tudo, concluo reiterando que temos um certo enigma a ser desvendado. Após ter passado rapidamente pela UTI, o paciente está lá brincando, aparentemente saudável, mas a febre não baixa.

Como é uma sexta-feira, fazer o quê? Chamar o médico? Não, acho melhor CHAMAR O SÍNDICO!!!! Tim Maia...

Um bom fim de semana a todos,

Marink Martins

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