Angustiar-se ou não -- eis a questão!

Recentemente um comentarista norte-americano disse que a maior bolha presente nos mercados está associada ao medo excessivo dos investidores de que algo análogo ao ocorrido em 2008 venha ocorrer novamente. Embora eu tenha dúvidas quanto a esta afirmação, tal comentário me fez pensar a respeito das recentes reações dos mercados diante de eventos que contribuem para uma maior incerteza global.

Ouça o áudio do dia ao clicar abaixo:

Observe que, desde uma madrugada em novembro de 2016 - quando Trump foi eleito presidente dos EUA - a reação dos mercados globais diante de eventos de incerteza tem sido mais negativa do que a reação registrada na abertura dos mercados americanos na manhã seguinte. Eu não tenho estes  dados tabulados, mas acompanhei praticamente todos os pregões durante o período e sinto na pele e no bolso a frustração de não ganhar e, algumas vezes perder dinheiro, apostando em um eventual salto na volatilidade que quase sempre não se materializa.

Naquela madrugada da eleição de Trump o índice S&P 500 derreteu 8% durante o pregão asiático e se recuperou rapidamente na abertura de NY. Recentemente, logo após Trump classificar a China como manipuladora de sua própria moeda, os mercados se comportaram de forma similar, embora com uma intensidade bem menor do que aquela vista em novembro de 2016.

Hoje, temos os mercados europeus e asiáticos novamente em baixa refletindo incertezas relacionadas a iniciativa dos democratas de abrir uma investigação que possa levar ao impeachment de Trump. Será que este movimento será mais um "fogo de palha"?

Eu, como sempre, tomei iniciativas buscando me preparar para um cenário mais volátil. Vamos ver!

Marink Martins