Reiterando o "CALL" de Charles Gave

09/08/2019

Faça o download do arquivo abaixo e ouça a minha análise sobre o cenário global.

No gráfico acima -- na parte superior -- temos um comparativo entre o desempenho das ações bancárias norte-americanas (linha cinza) versus o das ações bancárias europeias (linha vermelha).

The investment conclusion is clear: Sell financials globally as they will go down together in a crisis and use the proceeds to buy "anti-fragile" assets like Chinese bonds, the yen and gold or US dollar cash and short-dated US bonds.

An interesting question is how would the ECB try to stop the rot? Most likely it would end up buying eurozone bank shares directly. The result would not so much be nationalization as Europeanization. This may be barred under European treaties, but, let's be honest, it has not stopped the technocrats before. What matters for them is the dream of integration, not the means.

Charles Gave

Traduzindo: Venda ações de bancos e utilize os recursos da venda para comprar ativos anti-frágeis (títulos de renda fixa da China, títulos de curto prazo dos EUA). Ele complementa especulando sobre como o banco central europeu irá agir. Diz ele que eles provavelmente irão comprar diretamente as ações dos bancos europeus, promovendo uma europanização destas instituições. 


Em meio ao otimismo doméstico associado a aprovação da reforma da previdência e perspectivas de uma agenda positiva transformacional o investidor não deve deixar de levar em consideração que cresce o risco de uma profunda deterioração da economia europeia.

Nesta semana destaquei por aqui que o estrategista Charles Gave fez um importante "CALL" sugerindo que investidores liquidem suas posições no setor bancário. Sua sugestão foi em termos de global e tem como pano de fundo algo se materializou ontem: o fim do governo de coalizão na Itália e o risco associado ao que está por vir fruto de uma nova eleição no país.

O resultado poderá abalar a confiança no euro e afetar negativamente a confiança do sistema bancário alemão que muitos acreditam estar extremamente vulnerável.

Observe que os próximos meses serão desafiadores para a macroeconomia global.

  • Hard BREXIT?
  • Transição no BCE
  • Eleições na Itália
  • Decisões do FED

Tudo isso, sem falar na guerra comercial que poderá gerar muita incerteza e abalar a confiança dos investidores caso Trump, de fato, imponha tarifas de 10% no dia primeiro de setembro.

Por um outro lado, os ativos brasileiros vêm se mostrando resilientes aos ruídos externos desde a eleição de Bolsonaro. Será que estamos em um "new normal" brasileiro - um onde a crença dos investidores domésticos no país passa a neutralizar a saída de investidores estrangeiros?

Sou cético com relação a essa tese pelas seguintes razões:

  • IBOV - dependência de um setor financeiro já mais que apropriadamente precificado.
  • Pressão vendedora do BNDES impactando negativamente PETR4 e VALE3.

Marink Martins

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