Ela está de volta!

Yellen is back!

Janet Yellen, a décima quinta presidente do FED e recém anunciada secretária do tesouro dos EUA, concedeu uma entrevista na semana passada em que disse que o congresso americano deveria conceder o direito a autoridade monetária de atuar no mercado de ações; assim como é feito pelo Banco do Japão (BOJ). Sendo justo aqui, ela disse que embora não visse necessidade de intervenção no mercado acionário no momento, seria interessante ter mais uma "arma" em seu arsenal.

Por isso, a nomeação de Yellen ao cargo equivalente ao nosso ministro da economia contribuiu para uma alta no fim da tarde desta segunda-feira. Os mercados sobem em meio a expectativa de que o governo Biden será extremamente expansionista do ponto de vista fiscal e monetário.

Curiosamente, o "dollar index (DXY)" se mantém relativamente estável, acima de 92. Por que será?

Bem, não podemos esquecer que o DXY conta com um peso expressivo da relação dólar/euro, que vem se mantendo estável. Quando medido contra a moeda chinesa, observa-se que o dólar está tomando uma "surra".

Seria um ótimo momento para que o nosso real se recuperasse diante da moeda americana. Contudo, paira o ceticismo no mercado com a capacidade e desejo do governo de emplacar as reformas necessárias para o equilíbrio fiscal.

Ontem, em live organizada pela Empiricus Research, Paulo Guedes quis passar uma impressão de que o Brasil foi o país que melhor se saiu em meio a pandemia. Observou-se uma espécie de delírio por parte do ministro que gera vergonha alheia por parte daquele que assiste.

Caminhamos para o período natalino e há indícios de alta na volatilidade por aqui, após um período de forte valorização.

O preço das ações da Petrobras PN, mencionado aqui como "leve" no comentário de ontem, andou bastante. Em breve o mercado começará a precificar o retorno do Irã ao mercado petrolífero internacional em 2021. Será que isso colocará um freio ao ímpeto altista da petrolífera brasileira? Vamos observar e nos preparar.

Marink Martins