Esta deve ser a sua preocupação do momento (A "Once in a Generation" shift!)

02/02/2018

Caso você esteja habituado a ler o Valor Econômico verá que hoje o jornal apresenta as opiniões de dois colunistas renomados: Claudia Safatle e Armando Castelar. Atuando pela ICAP, tive o prazer de realizar eventos macroeconômicos com ambos. Em suas respectivas colunas do dia, a Claudia, com foco no doméstico, descreve um cenário construtivo, ilustrando preocupações domésticas como se as verdadeiras questões que ditassem o fluxo de capitais para o Brasil estivessem por aqui. Já o Armando, mantém o foco global e reitera o que eu disse em meu programa semanal MyCAP Tendências Globais #40.

Aqui, vale mencionar que isso não é uma mera coincidência. Armando escreveu sua mais recente coluna com base na mesma informação que recebi, da mesma fonte. Em diversos dos eventos que realizamos junto à Casa de Análise Gavekal, Armando Castellar foi o nosso convidado especial. O que ele reitera hoje, embora ainda em fase de questionamento, talvez seja a pergunta mais importante do momento:

Estaremos transitando, após um ciclo de 30 anos, de um período deflacionário para um inflacionário?

Caso a resposta para esta pergunta seja SIM, há inúmeras implicações para o processo de precificação das ações; podemos estar diante de uma importante compressão de múltiplos. Isso quer dizer uma possível queda nos preços! Se a deflação no preço dos produtos e serviços contribuiu para uma alta no preço das ações, uma inflação teria o efeito inverso.

O governo chinês, ao estabelecer novas diretrizes condizentes com sua ambição de se tornar uma líder global, parou de exportar deflação ao mundo. Como assim? Assista o vídeo abaixo que eu explico o que Charles Gave, fundador da Gavekal, e seu filho, Louis Gave, CEO da empresa, nos passam em um relatório chamado, em inglês, "A "Once in a Generation" Shift" (uma transição que ocorre uma única vez a cada geração).

Antes que você assista, gostaria de fazer duas observações:

1. A taxa de juros americana (10 anos) já subiu mais; está em 2,8%.

2. Tal afirmação vinda de uma casa que muitas vezes é injustamente acusada de fazer apologia à China, deve ser encarada com a maior seriedade.

Segue o vídeo:

Marink Martins

www.myvol.com.br