MyVOL - Perspectivas

04/04/2021

O gráfico acima ilustra o processo de reabertura da economia americana. A área verde ilustra uma economia 100% aberta, enquanto a vermelha uma economia 100% fechada (lockdown). Os EUA caminham bem em seu projeto de vacinação. O otimismo está nas alturas. O VIX está abaixo de 20%. 

O gráfico acima ilustra uma convergência entre os preços das ações associadas ao processo de reabertura versus os preços das ações associadas ao processo de fechamento da economia. Ambas as medidas em relação ao índice S&P 500. 

No gráfica acima temos o rendimento dos títulos de 30 anos emitidos pelo tesouro americano. Será o fim do processo desinflacionário que marcou o mundo ao longo dos últimos 40 anos? (ver "Fade the FED" / Lacy Hunt).

No gráfico acima observamos que as ações cíclicas dispararam em relação as ações defensivas. Vale observar também o movimento em relação ao rendimento dos títulos de 10 anos dos EUA. 

O gráfico acima ilustra os problemas de distribuição de renda nos EUA. A linha azul escura ilustra a razão entre a riqueza do grupo 1% mais rico em relação ao grupo dos 50% mais pobres. Já a linha azul clara ilustra a relação da riqueza entre o grupo do 1% mais rico e a da mediana. Observe que os menores de desigualdade ocorreram nos períodos em que a inflação americana estava em um patamar mais elevado; durante os anos 70.

No gráfico acima temos os retornos do S&P 500 para os 10 anos subsequentes com base em diferentes níveis de CAPE Ratio. Já no segundo gráfico temos os retornos subsequentes para períodos de 3 meses; ilustrando que, no curto prazo, os fundamentos pouco importam. 

Acima, observamos como as ações americanas andaram a frente das demais. Há razões para argumentar que esta "outperformance" deve estar chegando ao fim. (ver parte final deste post)

A moeda americana estava caríssima em termos relativos. Embora o USD tenha recuado, há razões para acreditar que, nos próximos anos, o dólar ficará ainda mais fraco. Se isso se materializar, o volume de crédito para países emergentes irá crescer e contribuirá para fortes valorizações em ativos emergentes. 

A retomada da economia americana está ocorrendo através de um maior consumo que contribui para um maior déficit comercial. No gráfico acima, observamos que o setor produtor não desfruta do mesmo ímpeto. 

Uma evidência, deste que é um dos principais argumentos da Gavekal, está no volume de pedidos novos registrados em Taiwan. 

No gráfico acima observamos que, historicamente, quando o déficit comercial americano se eleva, há um maior volume de crédito denominado em dólares para países emergentes. E isso, consequentemente, barateia o custo de capital das empresas que atuam nestes países. 

Um fator não muito discutido diz respeito a alocação de recursos. Nesta última década, os ativos não-americanos não desempenharam um bom papel de diversificação. A correlação global se manteve muito elevada. Acredita-se que isto esteja mudando. Há um processo de desglobalização que tende a fazer com que os ativos emergentes passem a ter uma maior importância na composição de uma carteira bem diversificada.

Em cenários em que o USD fica mais fraco -- como aquele no início do milênio -- o "resto do mundo" tende a andar na frente.  

Ativos associados a exportação de commodities tendem a se destacar. 

Marink Martins

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