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24/08/2020

Cresce a desconfiança de alguns participantes diante da relação Preço/Lucro projetada para o índice S&P 500. O mercado americano está relativamente caro em diversas métricas. Com uma capitalização de mercado de US$35,9 trilhões e um PIB de US$19,4 trilhões, o indicador preferido de Warren Buffet aponta para uma relação entre valor de mercado/PIB de 1,84x.

Os mercados globais estão sendo dominados por ações que exibem elevado "momentum". O gráfico acima ilustra a relação entre os preços de ações de elevado momentum e aquelas percebidas como descontadas do ponto de vista fundamentalista.  

Embora o índice S&P 500 tenha registrado uma nova máxima, o gráfico acima nos mostra que o percentual de empresas que negociam acima de sua média histórica de 200 dias é significativamente inferior aquele registrado no início do ano. Temos uma alta impulsionada por um número cada vez menor de ações de empresas associadas ao fenômeno "stay-at-home"!

Acima, observamos que o endividamento global subiu e já está no mesmo nível registrado durante a segunda guerra mundial. Nos outros dois gráficos, observamos, porém, que os fatores demográficos e de produtividade não apresentam as condições necessárias para que a economia volte a crescer como ocorreu no período pós-guerra. 

O gráfico acima ilustra o salto na volatilidade implícita associado aos contratos de opções de Apple. 

Acima, observamos o salto nos ativos do FED. Tal saldo saiu de 4 trilhões de dólares par 7 trilhões de dólares. Contudo, grande parte deste volume de recursos não chegou ao público, pois consiste de reservas excedentes creditadas nas contas de diversos bancos no FED.

A tabela acima nos mostra como a previsão é de que todos os BCs dos países desenvolvidos continuem a expandir seus ativos até o fim de 2020. 

Acima temos os ativos (direita) e o passivo (esquerda) do FED. Neste sentido vale chamar atenção para a TGA no lado do passivo. A TGA representa o saldo em conta que o Tesouro Nacional dos EUA mantem em conta corrente no FED. Acredita-se que este valor será direcionado ao público em breve. 

Acima temos a relação entre o agregado monetário M2 e o estoque de ouro detido pelos EUA. Observamos uma certa estabilidade de longo prazo, ilustrando uma forte correlação entre o agregado monetário e o estoque do metal.

Acima, temos o aumento nas reservas excedentes dos bancos americanos no FED. Esse gráfico dialoga diretamente com aquele anterior referente aos ativos e passivos do FED.

O gráfico acima ilustra que o índice S&P 500, quando considerado todas as empresas tendo o mesmo peso (S&P 500 Equal Weight), não mostra o mesmo otimismo que o índice tradicional. 

O gráfico acima ilustra que, desde 1950, a taxa efetiva de imposto corporativo vem caindo consistentemente. Acredita-se que, a partir de agora, a trajetória tende a ser oposta. Sendo assim, um possível governo Biden tende a ser negativo do ponto de vista tributário.

Acima temos o efeito da inflação nos investimentos em títulos do tesouro americano de 10 anos durante a década da segunda guerra mundial. 

Acima temos um gráfico ilustrando que os investidores já não carregam posições em ações por muito tempo. Observe que o giro nas ações está cada vez maior. 

O gráfico acima ilustra como a balança comercial americana mudou desde o fim do padrão ouro. O resto do mundo precisa que os EUA incorram em um déficit comercial para que os dólares criados nos EUA sejam reciclados globalmente. 

Acima, temos a correlação entre o M2 dos EUA e o preço do ouro. 

Embora o FED tenha estabelecido linhas de SWAP com diversos BCs ao redor do mundo, não há muita demanda por tais linhas no curto prazo.

O gráfico acima ilustra a relação entre o preço do petróleo e o número de plataformas em operação. O gráfico a seguir nos mostra o declínio recente no número de tais plataformas.

Devido ao estressa associado a pandemia, a demanda por petróleo diminuiu. Com isso, o número de plataformas em operação nos EUA vem caindo de forma significativa. 

O gráfico acima ilustra o movimento de preço do Bitcoin após os eventos conhecidos como "halving", onde a remuneração dos mineradores é reduzida pela metade. 

No gráfico acima, os pontos vermelhos representam os pontos de ocorrência dos "halving". 

Acima, temos a relação entre o preço do ouro e do S&P 500. Como podemos observar, tal relação vem se movendo em direção favorável ao ouro. 

No mesmo contexto, o gráfico acima ilustra a relação entre o preço da prata e do índice S&P 500.

O Brasil e a Malásia já ocuparam uma posição de destaque na carteira MSCI Mercados Emergentes. Contudo, esses países vem perdendo espaço a cada ano devido ao crescimento em importância dos ativos chineses.

Acima, a importância dos ativos chineses na Carteira MSCI - Mercados Emergentes. 

O gráfico acima ilustra o salto na taxa de desemprego nos EUA. A expectativa, porém, é que a taxa recue para níveis inferiores a 10% relativamente rápido.

Acima temos a relação entre as taxas de desemprego e o consumo dos americanos. O consumo normalmente precede o declínio na taxa de desemprego. 

A história do ano - durante o período pós-pandemia - tem a ver com o gráfico acima. A população americana nunca poupou tanto. Isso é uma consequência dos estímulos emergenciais assim como da queda de demanda devido aos lockdowns. 

Em paralelo aos problemas associados a epidemia, temos a guerra comercial entre EUA e China a todo vapor. No gráfico acima, observamos que os americanos estão cada vez mais agressivos em frear o ímpeto chinês. 

As pesquisas indicam Biden na frente. Mas, quem realmente acredita em pesquisas eleitorais nos dias de hoje?

O preço das ações americanas se comparados a renda fixa indica que as ações não estão tão caras. Contudo, os investidores devem ter em mente que muitos consideram que os títulos de renda fixa estão sendo precificados artificialmente. 

Curiosamente, o mercado imobiliário americano está bombando. 

O dólar caiu. Contudo, está em um nível de indefinição -- por volta de 93 no DXY.

No gráfico acima observamos a dependência das empresas americanas com relação as suas respectivas vendas na China. 

A guerra comercial vem reduzindo os níveis de investimentos cruzados em tecnologia entre os dois países. 

As exportações chinesas já não crescem como em outras épocas. 

Os novos contratos associados a iniciativa Belt & Road já não crescem no mesmo ritmo do passado. 

Nos EUA a distribuição de renda está cada vez pior. Observe que, medido pela mediana, o país é bem mais desigual do que os pares europeus. 

O crescente endividamento chinês é preocupante. Como dizem alguns analistas: a China é uma caixa-preta. 

Mais preocupante é a valorização do mercado imobiliário chinês. Observe que o valor dos imóveis nos faz traçar uma comparação ao que ocorreu com o mercado imobiliário japonês durante os anos 80.

Os chineses continuam a inflar os preços dos imóveis nos principais centros urbanos. 

O gráfico acima nos mostra que o maior percentual do eleitorado americano pertence ao grupo classificado como "millenial" (nascidos após 1981). Dizem que os Millenials não andam muito satisfeitos com a vida...

Acima, observamos a disparidade entre os preços das principais ações de tecnologia dos EUA e a lucratividade delas. 

Na bolha do dotcom, as ações da CISCO Systems se destacavam. Observe no gráfico acima o colapso ocorrido após o estouro da bolha. 

Da mesma forma, as ações da Microsoft também brilharam. No gráfico acima, observamo o colapso na relação de P/L (Preço/Lucro) desta que é hoje a segunda maior empresa do mundo. 

Nesta tabela observamos que as ações que brilharam em uma década tendem a ser "micos" na década seguinte. 

Esse tweet se apropria de um discurso da obra Macbeth de Shakespeare para nos chamar atenção de que os preços de mercado das ações, muitas vezes, são um péssimo indicador do que de fato ocorre na economia real. 

Marink Martins

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