O enigma do momento

19/11/2019

Abaixo temos um gráfico ilustrando o volume de dólares depositados no FED em nome dos diversos bancos centrais. Curiosamente, em momentos em que há uma redução em tais volumes observou-se uma crise financeira em algum lugar do globo.

Atualmente, observa-se uma redução no volume depositado no FED na faixa de 14% em relação ao volume registrado em 2018.

Em tese, esta escassez de dólares deveria promover uma tremenda valorização na moeda norte-americana. Entretanto, não é isso que estamos observando quando comparamos o dólar às demais moedas de países desenvolvidos.


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Neste sentido, é importante destacar que o mais recente afrouxamento quantitativo promovido pelo FED (o controverso QE4) ocorre em um momento onde o déficit fiscal norte-americano também vem crescendo. Pela primeira vez nesta década temos estímulos fiscais e monetários ocorrendo ao mesmo tempo. Nos "QEs" anteriores, a política fiscal era contracionista.

Assim, cresce o coro daqueles que clamam por um dólar mais fraco.

Ontem, via twitter, Donald Trump, de forma indireta, passou uma mensagem que foi interpretada por muitos como um sinal de que o próprio presidente dos EUA deseja um dólar mais fraco. Afinal, foi justamente ele que foi a público informar que, em reunião realizada ontem com Jerome Powell e Steve Mnuchin, discutiu-se de tudo, inclusive a possibilidade de juros negativos nos EUA. Para alguns estrategistas essa foi uma maneira astuta do presidente de sinalizar uma tendência para o poderoso dólar.

Marink Martins

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