Os caçadores de taxas estão chegando

22/10/2020

Ontem, fiz uma conexão entre algo ocorrido há 12 anos, com a negociação de ações da empresa OGX, e o que está em curso na negociação das ações da Magazine Luiza e da WEG.

Não pense, de forma alguma, que argumento que estas empresas têm um destino comum.

O meu argumento tem a ver com a dinâmica presente no mercado de opções.

No passado, nos meses subsequentes à grande crise financeira de 2008 -- durante o período em que a OGX era uma grande promessa -- suas ações foram se valorizando sem grande resistência no mercado. Com o tempo, a empresa se valorizou e passou a ocupar um espaço relevante na carteira dos gestores. Junto com isso, veio também uma crescente participação na carteira teórica do IBOV.

O sucesso trouxe consigo um mercado de opções mais ativo. Como consequência, os movimentos exponenciais se tornaram cada vez mais raros.

Argumento que algo similar está em curso na negociação de ações da MGLU3 e da WEGE3. Ontem, os contratos de opções de compra (fora do dinheiro) destes papéis registraram um elevado interesse. No caso da WEG, o volume foi bem expressivo, devido a reação do mercado à divulgação do resultado do 3T20.

Observe que um mercado de opções ativo representa uma espécie de quebra-molas para movimentos exponenciais.

Isso não quer dizer, de forma alguma, que esses papéis não possam se valorizar ainda mais. Eles podem subir, mas a dinâmica tende a ser outra.

A partir de agora, há defesa! Isto é, a negociação tende a ficar mais equilibrada e a volatilidade realizada, destes ativos, tende a cair de um patamar de aproximadamente 50% de VOL para algo mais próximo de 35% de VOL.

Marink Martins

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