Os Millenials estão descontrolados!

21/02/2020

A geração Y, também conhecida como "millenials", engloba aqueles nascidos entre 1980 e 1995. Sendo assim, o mais novo deles vai fazer 25 anos, enquanto o mais velho entra na casa dos 40. Embora não representem o grupo mais rico da sociedade, eles exercem enorme influência em tudo que é decidido no mundo.

E quanto o assunto é investimentos, é notório o desdém dos millenials por tudo relacionado ao petróleo. Eles querem saber de ESG (melhores práticas ambientais, sociais e de governança).

Jim Cramer -- o mais influente entre os comentaristas de mercado no mundo - sabe como ninguém do poder dos millenials. Diz ele que esta classe gosta de operar através da corretora Robinhood (10 milhões de clientes - corretagem zero), gosta de especular com ações, ETFs, opções, mas não querem saber de mercados futuros. Em particular, nos dias de hoje há uma clara preferência pelas ações de duas empresas: a TESLA e a VIRGIN GALACTIC. Esta última representa a especulação do momento.


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Curiosamente, algo semelhante ocorre por aqui. Não temos um comentarista do calibre de Jim Cramer, mas não faltam especuladores por aqui. A TESLA tupiniquim talvez seja a Via Varejo, enquanto a nossa versão da Virgin Galactic seja a Marfrig.

Eu sei, as comparações são péssimas!!! Mas elas me ajudam a enfatizar um comportamento que já foi visto por aqui, em um passado distante.

Na época da bolha do Nasdaq, lá pelos idos de 1999, os investidores locais buscavam surfar a onda tecnológica americana através de referências locais como Globocabo, Inepar, Embratel, Fundo IP Participações, Tele Centro Oeste Celular, e outras. Não preciso dizer que esta história não terminou bem para ninguém.

Vivemos um momento atípico. Os índices de ações dos EUA e Europa encontram-se nas máximas, mesmo com o dólar e o ouro se valorizando. Algo muito estranho está no ar!!!

Finalizo com o seguinte "headline" extraído da Bloomberg:

Tradução livre: João e Maria em uma especulação frenética no mercado de ações turbinados pelo fenômeno corretagem ZERO.

Marink Martins

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