Ouro ou "treasuries"? Como se proteger?

16/08/2019

O pessimista Charles Gave explora este tema constantemente e joga uma luz nesta questão. Historicamente, há uma correlação inversa entre o preço do ouro e o preço dos títulos de longo prazo emitidos pelo tesouro norte-americano. Entretanto, o que vimos nas últimas semanas é um mercado estranho, onde tanto o ouro como os títulos de renda fixa se valorizaram. E aí, o que representa uma melhor alternativa de proteção?

Neste gráfico temos, na parte superior, o histórico dos preços do ouro (amarelo) versus os preços dos "treasuries" de 10 anos. Já na parte inferior, temos uma média móvel de 5 anos da razão cujo numerador é o preço dos treasuries e, o denominador, o preço do ouro. Será que estamos diante de um ponto de inflexão? Essa pergunta, em si, vem gerando uma espécie de pânico nos mercados.

Charles nos diz que estamos vivendo um certo pânico nos mercados que normalmente é seguido por intervenções dos bancos centrais.

No gráfico acima temos um média móvel de 12 meses ilustrando o comportamento do S&P 500 versus o preço dos títulos de renda fixa de curto prazo (cash). Os pontos em destaque no gráfico coincidem com pontos onde o preço do ouro e o preço dos treasuries de longo prazo tiveram uma correlação positiva. Para quem lembra da banda C+C Music Factory... "hmm, things that make you go hmmm!"

Sua recomendação não chega a ser uma novidade. Ele diz que o investidor deve optar por ouro uma vez que os títulos de renda-fixa poderão sofrer um evento disruptivo análogo ao visto na Argentina (Neste caso acredito que Charles se refira estritamente aos títulos denominados em euros). Até mesmo porque sua principal recomendação continua a ser os títulos de renda fixa de longo prazo denominados na moeda chinesa que neste ano registram uma performance superior, não só comparada aos títulos americanos, mas também comparada ao índice S&P 500.

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