Petrobras - Conference Call

06/11/2018

A Petrobras realizou hoje sua conference call acerca da divulgação do resultado do 3o trimestre.

O lucro líquido do terceiro trimestre foi de R$ 6.644 milhões, e para os nove meses de 2018 foi de R$ 23.677 milhões, o melhor resultado desde 2011. Os executivos da empresa enfatizaram que, sem os pagamentos do acordo da class action nos Estados Unidos, o resultado do trimestre passaria para R$ 10.000 milhões. A Petrobras recebeu do Ministério Público Federal o montante de 1,7 bilhões de reais, restituídos pela Operação Lava Jato, em agosto.

A meta da companhia é chegar ao final do ano com U$S 69 bilhões de dívida líquida, hoje US$ 74 bilhões. Foram lembrados os desinvestimentos para a geração de caixa, US$7 bilhões no terceiro trimestre, pode alcançar os US$ 30 bilhões até dezembro. Houve uma redução de R$1,6 bilhões em despesas no semestre. A estimativa para o último trimestre e 2019 é de que pelo menos 4 plataformas de petróleo iniciem a produção na bacia de Campos. Já a Replan, afetada pelo acidente em agosto, deve retomar suas atividades completas em fevereiro.

A valorização do Brent e a depreciação do real foram fatores que contribuíram para o aumento do lucro operacional, e do lucro líquido, gerando maiores margens nas exportações de petróleo.

O fim do subsídio do óleo diesel para 2019 foi um dos temas perguntados por analistas do Itaú, Bradesco, e Morgan Stanley - a Petrobras comunicou que está trabalhando com a equipe de transição do novo governo para contribuir na discussão sobre as atitudes a serem tomadas na formação do preço do óleo diesel. Além dos subsídios, estão sendo discutidas questões como os tributos que afetam o preço dos combustíveis (PIS/COFINS) para 2019.

O analista Gabriel Barra do UBS perguntou qual será a próxima meta de topo a ser estabelecida, (hoje são endividamento e taxa de acidentes) - e a resposta foi de que será uma meta de retorno sobre capital investido.

Os executivos da Petro também responderam que o hedge protetivo para os preços da gasolina continuará a ser realizado, sem negar a possibilidade de que no futuro se faça o mesmo com os preços do diesel, visando maior competitividade nos preços para importações, esperando maior disponibilidade de caixa para 2019.

Por fim, a Petrobras confirmou que, assim que possível, comunicará o mercado sobre o resultado destes ajustes, com o novo governo, para o ano de 2019.


Mariana Ratão

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