Possível suspensão de um paradigma

16/01/2018

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Existe um paradigma no mercado de opções que é o seguinte: mercado em alta, volatilidade em baixa; mercado em baixa, volatilidade em alta.

Adoraria explorar os porquês desta relação, mas vamos deixar para uma outra oportunidade.

Ontem tivemos o vencimento de opções de janeiro. Nos últimos dois meses vivemos um ciclo de forte alta, em particular, nas ações da Vale. Neste período a volatilidade implícita das opções caiu de um patamar de aproximadamente 35% para níveis baixíssimos de 25%. Apesar da intensidade na queda, foi um movimento condizente com o paradigma descrito acima.

O que vai ocorrer com o preço das ações da Vale e da Petrobras nos próximos dois meses, eu definitivamente não sei. Entretanto, vou sair da minha zona de conforto e arriscar que a volatilidade no preço destas duas ações deverá subir, mesmo que seus respectivos preços continuem subindo. Caso isso ocorra, será um movimento em contraposição ao paradigma assinalado acima. Mas, por que isso ocorreria?

Listo duas razões para a minha tese:

1. Existe uma probabilidade razoável de que estamos entrando em uma fase parabólica nos mercados; uma espécie de "última pernada" onde os preços sobem com ímpeto (um "melt-up"). Digo isso, pensando no mercado global. Não acho que descolaremos do global no curto prazo.

2. O efeito calendário. Além das incertezas relacionadas a decisão do TRF no dia 24/1, temos dois dias no carnaval que, embora não contados como dias úteis nas diversas planilhas de precificação de opções, são dias que podem vir a ser voláteis devido ao pregão nova iorquino.**

**Aqui vale ressaltar que estraguei uma viagem a Natal no carnaval de 2005 por estar vendido em volatilidade na época. O papel da época era a Telemar e fundos estrangeiros levaram o papel de R$38,50 na sexta-feira antes do carnaval para R$43,00 na quarta-feira de cinzas. A VOL disparou!

Mas não pense que estou levantando esta tese devido a uma frustração pessoal. Tal suspensão de paradigma vem ocorrendo com uma certa frequência ao redor do mundo.

Nos últimos meses a bolsa japonesa vem subindo bastante. Por lá, o índice Nikkei 225 subiu 3.000 pontos de setembro a novembro, e no processo, a volatilidade implícita de suas opções subiu de 14% para 19%. Quando isso ocorre em um mercado altista, sua intensidade tende a ser elevada, pois tende a ser extremamente doloroso aos vendidos a descoberto em tais opções. Nos mercados, quanto maior a dor, maior a intensidade do movimento.

E aí você diz: OK, mas como isso afeta meus investimentos?

Primeiramente, é importante ressaltar que em mercados de alta, ninguém precisa de aconselhamento. A busca desenfreada por ETFs (forma passiva de investimento) é uma prova disso. Na alta, todos somos gênios. É na baixa que há espaço para diferenciação.

E uma forma de detectar estes movimentos de virada é ficar de olho no comportamento da volatilidade. Não que este seja uma bola de cristal. Longe disso, é um importante indicador, mas tem suas limitações. Mesmo assim, é o meu indicador favorito e é através das oscilações da volatilidade que busco agregar valor para vocês. Acho que ela vai subir e sinalizar uma mudança de comportamento nos mercados. O timing, entretanto, é impreciso. Caso isso ocorra, vou escrever bastante sobre o assunto para que você esteja preparado.

Em alguns dias, a Inversa irá lançar o meu projeto onde levarei os conceitos do CERCO DINÂMICO da sala de aula para os pregões. Neste, busco passar todo meu conhecimento sobre o mercado de opções, de forma simples, sem matemática avançada, para que o assinante aprenda a operar no mercado de ações de forma defensiva, buscando estruturar operações com opções com características de renda fixa.

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Marink Martins, CNPI

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