Recalculando...
Eles estão voltando! E agora, com mais estímulos fiscais.
Ontem, um acordo entre a equipe de Trump e o congresso americano suspendeu o teto do endividamento por dois anos e abriu espaço para um "pequeno" estímulo fiscal de US$250 bi. Curiosamente, esta é a nova onda que varre o mundo político.
Políticas fiscais expansionistas estão sendo colocadas em prática para reverter qualquer ameaça de recessão. Na França, o governo Macron parece ter conseguido reverter um processo de deterioração política e já colhe alguns frutos em termos de atividade econômica. Na China tal viés sempre esteve presente. A surpresa agora ocorre nos EUA, que não mostra qualquer preocupação com questões orçamentárias e possíveis impactos inflacionários.
Que políticos irão sempre votar para expandir os limites orçamentários não deve surpreender ninguém.
O importante neste momento é ver como será a reação dos mercados.
O que eu tenho de mais importante para passar ao assinante hoje é a visão do estrategista Anatole Kaletsky, um dos fundadores da Gavekal, de que o pessimismo excessivo do mercado diante da possibilidade de um "NO-DEAL BREXIT" (uma saída do Reino Unido sem um acordo de transição com a União Europeia) faz da libra esterlina uma pechincha!
No gráfico acima, observa-se que, tomando como base as taxas de câmbio praticadas em 1990 e ajustando cada moeda por seu respectivo índice de inflação, a moeda britânica está bem abaixo da média histórica.
Kaletsky apresenta 3 argumentos em defesa a sua tese de que a probabilidade de ocorrência deste evento que é considerado assustador para o mercados, é bem menor do que o que está sendo precificado neste momento. Por tudo isso, ele conclui sua análise reiterando sua visão positiva com relação a moeda britânica.
Em tese, hoje seria um dia para os "comprados" espremerem os "vendidos". Neste momento, o índice S&P 500 futuro sinaliza uma alta de 10 pontos; nada expressiva. Por aqui, o futuro do IBOV sobe 0,27%; também mostrando cautela. É aguardar para ver!
Marink Martins