Sobre a força do dólar
Parece haver um consenso de que uma guerra comercial entre os EUA e seus principais parceiros comerciais tende a ser mais prejudicial para o resto do mundo do que para os americanos. Daí, a razão para a moeda americana vir se apreciando nos últimos meses.
Abaixo, o índice DXY que mede o comportamento do dólar versus uma cesta de moedas dos países que são os principais parceiros comerciais dos EUA. Como podemos ver, embora o dólar tenha se valorizado, sua alta não é tão expressiva assim quando comparado com o comportamento da moeda nos últimos 5 anos.
Entretanto, como os EUA encontram-se em uma fase bem avançada de um ciclo econômico expansionista, é possível que países exportadores consigam repassar os aumentos de custos advindos das tarifas para o próprio consumidor americano. Neste caso, tal situação poderá resultar em um aumento na inflação norte-americana que, naturalmente, será combatido pela autoridade monetária (Fed).
Para você ter uma ideia, David Kostin, estrategista chefe da área de renda variável do influente Banco Goldman Sachs, trabalha com uma expectativa de que a taxa de 10 anos dos títulos do tesouro americano terminará o ano em 3,25%; um patamar que, se concretizado, poderá gerar um certo estresse nos mercados.
É meu amigo, trata-se de uma novela fascinante que é escrita diariamente de forma complexa, afetada por diversas variáveis. Um pouco de caos, um pouco de teoria dos jogos, e muita especulação.
Nesta quarta-feira, as 18:30, em parceria com a MyCAP, vou fazer uma apresentação no auditório da B3 no RJ (Rua do Mercado) onde vou compartilhar a visão de renomados estrategistas.
O evento é gratuito e você pode se inscrever através do meu site myvol.com.br
Te espero lá,
Marink Martins