Um dia de teste para o otimista com o Brasil

10/10/2018

Uma aparente falta de urgência do candidato Jair Bolsonaro no que diz respeito a reforma da previdência deverá testar o ímpeto altista do mercado.

Após uma onda de valorização mais do que expressiva nestes últimos dois dias, é possível que tenhamos um movimento de troca de posições; uma espécie de "balançada da roseira" para testar a firmeza do "comprado" em ações.

Os ETFs e ADRs ligados a empresas brasileiras já apontam para um dia de queda neste início de dia.

Dominando o cenário internacional, o relatório do FMI foi um dos principais temas discutidos na mídia durante a terça-feira. No que tange o Brasil, o FMI prevê um crescimento da relação dívida bruta/PIB para uma patamar de 98,3% para os próximos anos - algo certamente preocupante.

Por um outro lado, é importante destacar que a Gavekal em seu relatório diário argumenta em prol dos mercados emergentes, chamando atenção para o México e o Brasil que estão em melhores condições de enfrentar uma provável elevação no preço do petróleo.

Para finalizar vale destacar a notícia de que o comércio de produtos entre a China e os EUA se estagnou no último mês diante da guerra comercial americana. Isso naturalmente deverá impactar a receita de algumas gigantes norte-americanas expostas ao mercado chinês. Abaixo, uma lista de algumas empresas com o percentual da receita oriundo do comércio chinês:

Acima uma lista com empresas exportadoras cujas receitas com vendas dependem da China: a primeira é a Philip Morris.

Por último, há um movimento da "European Commission" buscando implementar um imposto chamado "digital tax" de 3% sobre a receita de empresas de tecnologia. Algo que, embora pouco provável que seja implementado, poderá contribuir para um sentimento mais negativo diante do setor que já vem sofrendo uma maior pressão regulatória.

Marink Martins




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