Veja porque estes gestores mandaram mal!

27/04/2018

Estive analisando a performance de alguns famosos gestores globais (hedge funds) e observei algo curioso: praticamente todos tiveram uma performance inferior ao índice S&P 500 após o fim de 2015. A exceção na lista abaixo foi David Tepper que conseguiu andar junto com o índice.

Há uma explicação razoável para tamanha "underperformance" do grupo. Ao longo de 2015 os preços das commodities começaram a cair drasticamente e tudo indicava que o longo ciclo expansionista chegara ao fim. No começo de 2016, a China desvalorizou sua moeda e o mundo tremeu, receoso de um crash.

Entretanto, no fim daquele mesmo mês, em um encontro do G20, hoje denominado por alguns como "O Acordo de Shanghai", foi definido que o Japão jogaria sua taxa de juros para o terreno negativo e os bancos centrais, atuando de forma conjunta, injetariam quantidades maciças de estímulos monetários (impressão de moedas). De lá para cá, o Banco do Japão e o Banco Central Europeu injetaram US$2 trn em 2016 e a mesma quantidade em 2017.

De forma surpreendente, os mercados reagiram e até hoje desfrutam desta "onda de euforia" impulsionada pelos BCs. Os gestores mencionados abaixo, demasiadamente humanos, foram pegos no contrapé desta nova ordem monetária que, em algum dia não muito distante, chegará ao fim.

Abaixo temos o histórico de performance relativa dos seguintes gestores:
(no gráfico -- S&P 500 (linha roxa), Gestor (linha azul))

George Soros - Soros Fund Management
Bill Ackman - Pershing Square
Paul Singer - Elliot Management
Jim Chanos - Kynikos Associates
Ray Dalio - Bridgewater Associates
David Tepper - Appaloosa Management

Marink Martins

Olá, aqui é o Marink Martins e quero te dar boas vindas ao MyVOL Premium - o meu serviço de análises e curadoria internacional cujo objetivo é fazer com que você esteja sintonizado com os mercados globais.

E agora, no programa "Half Time Report" da CNBC, só se fala em "fear of mission out" (medo de ficar de fora). O curioso é que só falam isso a respeito do S&P 500 que está a um pouco mais de 1% da sua máxima histórica. A Microsoft está registrando uma nova máxima histórica.

Há muito a ser dito quando comparamos o "boom" tecnológico dos anos 90 com este que testemunhamos na atualidade. Pensando nisso, a Datatrek fez um gráfico ilustrando o comportamento do índice Nasdaq Composite durante 1.000 dias nos anos 90.

www.myvol.com.br