Política de remuneração da Petrobras / Preço do Petróleo

29/08/2019

O gráfico acima nos mostra uma importante correlação entre o preço do petróleo e a expectativa de inflação nos EUA. Entretanto, como você pode ver nos comentários abaixo, os estrategistas da Gavekal não veem razões para se preocupar no curto prazo.

Sobre o preço do Petróleo

Hoje a Gavekal responde a uma preocupação de mercado: será que uma elevação no preço do petróleo poderia gerar preocupações inflacionárias resultando em perdas expressivas no mercado de renda fixa global?

De forma objetiva os estrategistas afirmam que mesmo uma elevação de US$10 no Brent, levando seu preço para a casa de US$70, não levaria a expectativa para inflação para níveis acima do alvo de 2% estabelecido pelo FED.


Mais importante, não há razões para um movimento consistente de valorização na commoditiy. Nos últimos meses o preço do petróleo caiu 20% apesar de sanções ao Irã, problemas na Venezuela, corte na produção da OPEP, e interrupções da produção na Libya.

Eles nos informam também a respeito da inauguração de um novo duto escoando o petróleo da "Permian Basin" no Texas, eliminando um importante gargalo logístico.


Sobre a política de remuneração aos acionistas na Petrobras

A Petrobras anunciou ontem que seu Conselho de Administração alterou a política de remuneração aos acionistas.

No curto prazo a mudança não tem impacto algum, pois tal política estabelece uma distribuição de proventos mais agressiva a partir do momento em que o endividamento bruto da empresa cair para um nível inferior a US$60 bilhões. Como o atual nível ainda está superior a US$100 bilhões, a distribuição de proventos deve ficar no patamar mínimo como rege a lei das S.A.

De qualquer forma, temos aí mais um passo da empresa em melhorar sua governança corporativa e dar mais visibilidade aos investidores de longo prazo. A empresa aponta para um futuro onde 60% de seu fluxo de caixa livre deverá ser distribuído aos acionistas.


Marink Martins 

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