A dura realidade do que está por vir

30/11/2020

Este ano não foi fácil, mas não podemos, de forma alguma, esquecer que foi um sucesso em comparação ao que seria caso os governos não promovessem uma intervenção sem precedentes através de programas emergenciais de resgate financeiros a empresas e cidadãos.

Mas, como diz a música da banda Los Hermanos: todo carnaval tem seu fim!

É chegada a hora da remoção dos auxílios emergenciais. A recente queda nos últimos meses já se reflete nos comentários de empresários a respeito do comportamento do consumidor nos últimos dois meses.

Em janeiro, sem contar com qualquer auxílio emergencial extra, a economia a irá sentir.

Economistas argumentam que 2021 será um ano de forte crescimento nominal. Embora eu não discorde desta afirmação, creio que muitos ignorem o fato de que, em se tratando de bolsa de valores, muitas empresas estão longe dos indicadores de venda registrados em 2019.

Mesmo assim, o Ibovespa está lá, bem próximo daquele nível registrado no fim de 2019.

Em outras palavras, o que observamos nada mais é do que uma tremenda expansão de múltiplos. Expansão essa que poderá pesar na mente do investidor na medida em que ficar mais evidente que o consumidor já não possui o mesmo apetite que aquele visto em plena a pandemia.

Aproveitando a ocasião, os bancos de investimentos correm para captar recursos através da emissão de ações. Só nesta semana temos duas operações que, somadas, devem DRENAR 10 bilhões de reais do mercado.

A janela está se fechando. Na área internacional fique atento a um ruído iminente no que diz respeito a listagem de ações chinesas nos EUA.

Há indícios de que em 20 de janeiro de 2021 - data de inauguração de Joe Biden - o clima dos mercados não estará tão ensolarado como o atual. Vamos observar.

Marink Martins

www.myvol.com.br