5 razões para não apostar em uma alta expressiva no preço do barril de petróleo:

09/05/2018

Ontem, Donald Trump cumpriu uma promessa de campanha ao retirar os EUA do acordo assinado por Barack Obama em 2015 que removia sanções econômicas ao Irã. Apesar da relevância das exportações de petróleo oriundas do Irã, há razões para acreditar que tal decisão não deverá contribuir para uma apreciação expressiva no preço dos barris de petróleo. Seguem 5 razões:

  1. Embora o volume exportado pelo Irã tenha praticamente dobrado desde de 2015, grande parte deste é adquirido pela China, Índia e Turquia; países estes que continuarão comprando tais barris independente da decisão dos EUA.
  2. A relação entre os preços SPOT e o futuro, que por muito tempo obedecia uma estrutura de "contango" (futuro > spot) passou para uma estrutura de "backwardation" (futuro < spot); situação considerada baixista pelo mercado.
  3. A principal preocupação de Trump é manter uma liderança republicana nas eleições do congresso no fim deste ano. Para isso, o líder americano precisa manter seu populismo que, até então, vem sendo turbinado por cortes de impostos e um mercado acionário em alta. Especialistas afirmam que a recente alta no petróleo (de US$50 para US$70) já anulou metade do benefício gerado pelos cortes de impostos à classe média. Uma alta adicional, capaz de elevar o preço da gasolina durante o verão para US$5/galão, poderia provocar um desgaste político a imagem do presidente com consequências adversas para as eleições no fim do ano.
  4. Um elevado nível de posições especulativas compradas em petróleo indica que o mercado já vem antecipando um movimento de alta no preço do barril de petróleo. Sendo assim, o mercado poderá sofrer o impacto do ditado popular "sobe no boato, realiza no fato". Veja o gráfico acima:
  5. Historicamente, eventos geopolíticos similares ao atual resultaram em uma queda subsequente no preço da commodity. Além disso, mudanças tecnológicas, influenciando tanto a demanda como a oferta, contribuem para a continuidade de uma tendência baixista de longo prazo para o preço da commodity.

Marink Martins

And Now What?

24/03/2025

E na última semana o nosso Ibovespa finalmente se recuperou do terrível ano de 2024 -- um ano marcado por uma tremenda aversão a risco associado as ações brasileiras.

A eleição na Alemanha, marcada para o dia 23/fev, tem o potencial de ser um dos eventos mais relevantes do ano, por trazer consigo a possibilidade de uma expansão fiscal no velho continente.

www.myvol.com.br