Big Tech: EUA vs China

23/06/2021

Nos últimos dois dias observamos uma forte reação dos mercados, com os índices de renda variável nos EUA voltando as máximas. Tal movimento pode ser creditado a busca por parte dos investidores a ações do setor de tecnologia. Nesta terça-feira, a Microsoft se juntou a Apple no seleto grupo das empresas com valor de mercado superior a 2 trilhões de dólares.


Será que há espaço para mais uma "pernada" de alta nas ações que compõem este que é o mais importante setor dos índices de renda variável. Há quem pense que sim e já veja um Nasdaq se aproximando de 15.000 pontos. Contudo, chamo a atenção do investidor ao fato de que o preço das ações de tecnologia chinesa não estão participando desta festa. Observe no gráfico abaixo a divergência entre o ETF associado ao Nasdaq (QQQ) e aquele associado as ações de tecnologia da China (KWEB).

Curiosamente, esta divergência não é uma exclusividade do setor de tecnologia. Os próprios países em questão aqui caminham em direção oposta no que diz respeito a política monetária vigente. Nos EUA a política se mantém expansionista, enquanto na China está mais contracionista, com juros reais superiores a 1%.

Apesar da recente alta vista lá fora e da recente queda do VIX, permaneço cético diante de um cenário de normalização da economia que, aos poucos, deverá se "chocar" com uma realidade em que a liquidez dos mercados ficará um pouco mais restrita. O saldo, já normalizado, da conta TGA nos EUA permanece como um importante input em minha análise. Aguardemos.

Marink Martins 

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