Distopia da Tecnologia – uma Sacudida da Realidade por Black Mirror
Escrito por Stella Manes
As histórias de Black Mirror,
série atualmente da Netflix, refletem o pior possível cenário de distopia
futurista, onde tentamos, nem sempre com sucesso, resguardar a humanidade da invasão
da tecnologia.
Vida após a morte
Um exemplo de ficção virando
realidade ocorre similar ao enredo do episódio Be Right Back (Volto já), onde é possível adquirir uma forma de inteligência
artificial simulando um ente querido falecido com suas particularidades e
personalidade. Isto pode parecer uma tecnologia apenas digna de filmes,
entretanto, no podcast Note to Self de poucos meses atrás vemos um sistema que permite que uma mãe com câncer
terminal se comunique com os seus 3 filhos em seu nome depois que ela morrer.
Uma vida 5 estrelas
Há também o episódio Nosedive (Mergulhando de Cabeça), onde as pessoas são julgadas constantemente por suas ações e através do sistema de 5 estrelas, nivelando hierarquicamente a sua posição na sociedade através da aceitação de outros ao seu redor. O episódio é geralmente interpretado como um futuro possível ou até mesmo próximo, entretanto, algo que muitos falham em perceber é que ele já existe: todo o sistema de serviços da Uber se baseia em notas tanto do motorista quanto do usuário, onde você julga predeterminadamente se você confia no estranho ao qual você vai voluntariamente entrar no carro pela sua nota ou não.
O objetivo não é retratar os avanços tecnológicos apenas como um retrato de um futuro condenado, mas ao invés disso, demonstrar as possibilidades de desenvolvimento com um aviso para usarmos a tecnologia sabiamente. Quando você desliga a tela do telefone se desconectando da rede, ele vira um espelho no qual você finalmente se vê - um espelho negro (um black mirror) que resguarda a humanidade.
Stella Manes
Equipe MyVOL