Compreendendo a ansiedade associada ao dia do exercício de opções
Hoje é dia de vencimento de contratos de opções sobre ações na B3. Tal evento ocorre mensalmente nas terceiras segundas-feiras do mês. O prazo limite para que os contratos sejam exercidos é as 13:00.
Curiosamente, o famoso dia do exercício desperta uma certa ansiedade aos envolvidos. Muitos evitam tal data de qualquer maneira. Deixe-me explicar um pouco sobre as razões desta ansiedade.
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O dia amanhece com um determinado número de titulares - os comprados em contratos de opções - e um determinado número de lançadores - os vendidos em contratos de opções. O titular pagou um prêmio ao lançador para ter o direito de comprar ou vender um determinado ativo a um determinado preço até as 13:00 do dia de hoje.
Sendo assim, em momentos em que o ativo base - vamos assumir aqui como exemplo, as ações da Petrobras PN (PETR4) - transita pelo preço de exercício destes contratos, há uma dúvida na cabeça do lançador se aquele contrato que ele vendeu será exercido ou não.
O caráter binário deste evento gera uma tremenda ansiedade ao lançador pois ele nada tem a fazer até as 13:00 a não ser monitorar de perto, junto a sua corretora, se os seus contratos vendidos foram ou não exercidos. Em dias mais voláteis tudo isso pode ocorrer de forma muita rápida e impactar de forma significativa o resultado de uma determinada operação.
Como sempre, para aqueles que operam nos mercados com a devida cautela, sem alavancagem, dentro do seu próprio capital, o evento em si não chega a ser tão relevante. Já os mais afoitos sofrem com a angústia de não saber se a sua posição líquida, em um determinado momento, estará comprada ou vendida. Tudo isso faz parte da dinâmica associada ao mercado de opções. Afinal, o vendido recebeu um prêmio ao vender tais contratos, de forma que ele deve entender que junto com o bônus de uma renda adicional, vem a angústia associada a situação descrita acima.
Marink Martins