And Now What?
E na última semana o nosso Ibovespa finalmente se recuperou do terrível ano de 2024 -- um ano marcado por uma tremenda aversão a risco associado as ações brasileiras.
Muito se falou ao longo dos últimos meses sobre um possível retorno de pressões inflacionárias ao redor do mundo.
Um dos argumentos mais interessantes neste sentido é o fato de que os chineses passaram a se preocupar com questões como poluição, qualidade de vida, e outros fatores anteriormente ignorados. Por muitos anos, a orientação do governo central chinês que era passada aos líderes das províncias era algo tipo: "produza o máximo possível". Isto já não é mais o caso, e as consequências desta nova atitude já podem ser vistas na precificação de algumas commodities. Assim, os chineses que passaram 15 anos "exportando deflação" para o resto do mundo, deixariam de fazer isso.
Entretanto, a retórica em torno da inflação está mudando. E a razão para isso parece estar associada ao fraco crescimento econômico registrado na Europa.
Já se discute a respeito de uma intensificação dos problemas na Europa. A diferença entre as taxas de juros da Alemanha e Itália volta a preocupar pelo fato de projetar uma situação de insustentabilidade para a moeda europeia.
Se, de fato, voltarmos a conviver com um sentimento de aversão a risco na Europa, o mais provável é que o FED mude sua trajetória no que diz respeito a política de juros norte-americana.
Neste caso, é possível vermos a taxa de juros dos títulos de 10 anos dos EUA recuar para patamares mais próximos de 2%, invertendo a curva de juros.
E como isso impactaria a bolsa brasileira?
Desculpem-me por não oferecer aqui uma resposta objetiva. Eu, de fato, não sei. Entretanto, tal situação, mesmo que de forma turbulenta no início, poderá reduzir a atratividade da moeda americana e favorecer investimentos em mercados emergentes.
A principal mensagem aqui é que devemos voltar a olhar para a Europa com mais cuidado. Em particular, devemos monitorar de perto a taxa de juros de 10 anos dos títulos italianos. Você poderá fazer isso através de uma consulta ao site Bloomberg e/ou da CNBC.
Um bom fim de semana,
Marink Martins
E na última semana o nosso Ibovespa finalmente se recuperou do terrível ano de 2024 -- um ano marcado por uma tremenda aversão a risco associado as ações brasileiras.
Olhando os dados de produção da Petrobras, pergunto:
A eleição na Alemanha, marcada para o dia 23/fev, tem o potencial de ser um dos eventos mais relevantes do ano, por trazer consigo a possibilidade de uma expansão fiscal no velho continente.