Do Pré-Sal ao "AI"
Olhando os dados de produção da Petrobras, pergunto:
Sobe no boato realiza no fato
O comportamento da moeda mexicana após a eleição de um candidato de esquerda ilustra bem o que é um trade "crowdeado".
Quando todos esperam e se preparam para o pior os "já comprados" não conseguem achar o comprador marginal para vender seus títulos/contratos/ações. Com isso, temos o famoso sobe no boato e realiza no fato.
Por aqui, está todo mundo falando que a volatilidade vai explodir com a proximidade das eleições. Será? É certamente possível. Entretanto, observe que quanto maior for o número de preocupados, menor tende a ser o efeito surpresa de um movimento adverso. Isso se aplica para todos os ativos, principalmente aqueles relacionados a taxa de câmbio.
Sobre o impacto da produção de carros elétricos no preço do petróleo
O número total de veículos elétricos já circulando ao redor do mundo (3,1 milhões) é superior ao total de veículos de combustão interna produzidos no Brasil em 2017 (2,2 milhões).
O que é bastante curioso aqui, de acordo com estudos da Goldman Sachs, é que devido a preocupações com o crescimento da venda de carros elétricos a curva do preço futuro do petróleo foi de "contango" para "backwardation"; isto é, os preços futuros estão abaixo do preço spot. O analista afirma que esse período tende a ser o período mais lucrativo para as "Big Oil" (as 7 grandes produtoras + estatais). De forma bem resumida, o custo de financiamentos de projetos na área de exploração começa a ficar mais elevado, tornando-se uma barreira para os pequenos produtores. Em paralelo, o segmento de shale gas/oil começa a enfrentar uma série de problemas logísticos.
Quanto a produção de carros elétricos, vale ressaltar que, disparado em primeiro lugar, temos a Noruega em primeiro lugar no ranking dos países com o maior percentual do total de vendas de veículos neste segmento: 39,2%. A Islândia vem em segundo lugar, com 11,7%, com a Suécia em terceiro, com 6,3% das vendas.
Em termos absolutos, a China lidera o ranking registrando vendas de 1,23 milhões de veículos elétricos em 2017, o que equivale a uma fatia de mercado de 2,2%. Já nos EUA, o total de venda deste tipo de veículo atingiu o patamar de 760 mil, ou 1,2% do total vendido no ano.
O preço do petróleo e seu impacto fiscal na conta dos principais produtores da commodity
Qual seria o preço do petróleo necessário para que alguns dos principais países produtores da commodity equilibrassem suas contas?
De acordo com o FMI, o preço médio do petróleo registrado ao longo de 2017, de US$54,75/barril (brent), contribuiu para que a Arábia Saudita registrasse um déficit fiscal de 9% de seu PIB. Para equilibrar suas contas em 2018, o FMI estima que os Sauditas precisam que o Brent fique na faixa de US$88.
Já seu rival, o Irã, consegue equilibrar suas contas com o petróleo na faixa de US$68. Os Russos precisam que o preço do petróleo fique acima de US$40, enquanto os venezuelanos precisariam do petróleo custando US$223!!!
Bem, o petróleo pode até ser venezuelano, mas a DOENÇA certamente é holandesa!!!
Vamos comemorar o aniversário do Plano Real
Aproveitando que hoje é aniversário do plano real, vamos falar de desvalorização cambial.
Ao longo dos últimos meses a moeda venezuelana foi aniquilada por culpa de um governo que Ciro Gomes diz ser democrático.
Recentemente, escrevi um texto cujo título era: Não há nada tão ruim que não possa piorar. Tomara que tenhamos a sensatez ao votar para que evitemos situações calamitosas como estas vistas nos países abaixo:
Desvalorização cambial frente ao dólar acumulada ao longo do ano de 2018:
Marink Martins
Olhando os dados de produção da Petrobras, pergunto:
A eleição na Alemanha, marcada para o dia 23/fev, tem o potencial de ser um dos eventos mais relevantes do ano, por trazer consigo a possibilidade de uma expansão fiscal no velho continente.
Os céticos dirão: não há catalisadores para a bolsa de valores brasileira. Na minha opinião, um tremendo equívoco. O catalisador necessário é de natureza global. Confira abaixo!