Da super quarta para a super sexta!

17/06/2021

A tarde de quarta-feira foi agitada como previsto. Tivemos mudanças sutis na política monetária americana que tem muito a ver com o argumento que venho fazendo por aqui a respeito da redução do saldo da TGA. O próprio Powell mencionou a TGA ontem ao explicar a elevação na taxa do IOER ("interest on excess reserves" ou juros de remuneração das reservas excedentes). Contudo, não vou entrar aqui nesta parte técnica que envolve operações compromissadas reversas. Vou focar nos efeitos no mercado de ações.


Amanhã, sexta-feira, é dia de vencimento dos contratos futuros do S&P 500 e também dos contratos de opções nos EUA e no Brasil. Trata-se de um evento importante, pois, como sabemos, nunca se viu tanto participante no mercado de opções como nos dias de hoje. Sendo assim, o leitor deve entender que dia de vencimento é sempre, em potencial, um dia de virada. Um dia em que o "comprado" pode virar a mão e se transformar em um "vendido" de uma forma relativamente mais rápida.

 
Observe que no caso do vencimento do contrato futuro do S&P 500, o vencimento de amanhã refere-se a um contrato trimestral. Por isso, trata-se de um vencimento que reúne um maior número de contratos em aberto. Note que o preço de ajuste do contrato é determinado com base no preço de abertura do índice à vista.

 
Já quanto ao vencimento de opções, na parte da tarde, é importante lembrar que, aqui no Brasil, os agentes ainda estão se adaptando às novas regras da B3. O último vencimento foi tumultuado e deixou muita gente angustiada.

O fato é que os mercados mudaram de cara na tarde de ontem. Estão mais pesados e julgo que irão buscar uma acomodação em um patamar um pouco mais abaixo.

 
Para finalizar, reitero aqui o que mencionei no fim do texto de ontem: há uma tremenda disrupção nos portos chineses! O custo do transporte marítimo está disparando e a mídia vem ignorando este movimento. Fique atento!


Marink Martins

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