Market Monitor

12/10/2021

Acima, temos um gráfico que nos ajuda a avaliar o apetite dos investidores nos EUA. Observe que, comparado a um período de "sell off" em maio deste ano, desta vez os investidores parecem menos interessados no mercado de ações. Este gráfico -- baseado em pesquisas feitas ao Google Trends por expressões como "buy stocks" e "invest" -- é mais uma evidencia de que os aportes recordes ficaram para trás. 


O mercado americano está em compasso de espera para os resultados corporativos do 3T21. Nesta semana teremos os resultados de alguns bancos, como o JP Morgan. Vale destacar que há um descompasso entre as expectativas dos analistas e o que vem sendo precificado pelo mercado. As expectativas embutem um maior otimismo. O analista Nick Cola da Datatrek vem apostando que os setores de energia, financeiro e industrial deverão performar relativamente bem nos próximos meses.

Segue um "print" de seu mais recente comentário:


Será que o mandato de Jerome Powell será renovado?

Acima temos um gráfico da probabilidade de que Jerome Powell será indicado para mais um mandato. Observe que ele permanece como o favorito, embora a probabilidade tenha caído e oscilado bastante devido a controvérsia envolvendo "trading" por parte de membros do FOMC. 

Dito isso, uma definição a respeito deste tema deverá ocorrer nos próximos 45 dias. O mais provável é vermos mais 4 anos de Jerome Powell. 


Só se fala no aumento no preço do gás natural!!!

Acima temos o gráfico ilustrando a trajetória do componente do índice de inflação dos EUA associado ao preço do gás natural. 


Há um consenso de que a economia americana está melhor preparada para enfrentar um período de preços de combustíveis fósseis mais elevados. Hoje em dia, como podemos ver neste gráfico, preparado pela Gavekal, os EUA conseguiram eliminar o déficit comercial associado ao uso de combustíveis fósseis. Sendo assim, uma alta expressiva no preço tende a gerar ganhos e perdas dentro da própria economia. 

Na Europa, por um outro lado, a situação é bem diferente. O déficit comercial ainda é expressivo. Além disso, com a esperada desaceleração na China, é possível que o tal "choque deflacionário" discutido por aqui na segunda-feira, possa vir da própria Europa! Caso isso ocorra, Charles Gave certamente dirá: Eu te disse!!!


Marink Martins 


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