MyVOL ThinkBOX

31/08/2018

Neste período de estresse cambial venho enfatizando que a compra direta de contratos futuros de dólar oferece uma melhor proteção do que um investimento em ações de empresas exportadoras.

Neste sentido vale a pena uma avaliação do ocorrido ao longo deste mês de agosto. Observem o gráfico do dólar comercial versus o comportamento do preço das ações das seguintes empresas: Vale, Embraer, Klabin, Suzano e Fibria.

De olho no preço das ações da Vale, é importante observar também que seu comportamento tem sido bem superior a de seus concorrentes BHP, Rio Tinto e Fortescue. Incluo também as ações da siderúrgica US Steel (X), pois este tende a atuar como indicador antecedente. 

Contudo, não podemos deixar de observar que a Vale reduziu de forma significativa o seu endividamento no último ano. Além disso, do ponto de vista fundamentalista, suas ações negociam a um múltiplo de Valor da Firma/EBITDA de 5,05x, bem abaixo do que a média dos concorrentes australianos, 7,5x. Em termos de múltiplo de lucro, sua relação Preço/Lucro projetada para 2019 está próxima a 9x. 

Por tudo isso, embora eu ainda acredite que a proteção cambial deva ser feita via contratos de dólar futuro, eu não recomendo que investidores fiquem, DE FORMA ALGUMA, vendidos em ações da Vale. Os fundamentos da empresa estão mais sólidos do que nunca!

Marink Martins  

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