Wall Street Journal: Como a epidemia está afetando os negócios no mundo
Abaixo, segue, em tradução livre, uma reportagem publicada no Wall Street Journal deste sábado (29/2) a respeito dos impactos causados pela epidemia associada ao Covid19. Tal epidemia vem afetando todos os cantos do planeta, impactando negativamente as vendas das empresas, as cadeias de suprimentos globais, e, com isso, provocando fortes desvalorizações nas bolsas por todo o mundo.
Abaixo, uma lista conforme descrito na reportagem:
25% é a redução estimada no volume de containers circulando pelo porto de Los Angeles durante o mês de fevereiro. Trata-se do principal porto de entrada para produtos importados da China.

US$50.52 foi o preço de fechamento do brent; o menor nos últimos anos. Os traders acreditam que a epidemia resultará no colapso da demanda pela commoditty.

15% é o percentual das vendas da Apple oriundas da China. A empresa já informou ao mercado que não atingirá as metas estabelecidas referente ao primeiro trimestre deste ano (segundo trimestre do ano fiscal da empresa).

Mais de 200.000 voos com origem/destino da China foram cancelados devido a epidemia.
US$1.1 bilhões é o volume financeiro dos anúncios já contratados junto a NBC para os jogos olímpicos do Japão. Esta semana um representante do comitê oficial levantou a possibilidade de cancelamento ou adiamento dos jogos devido a epidemia.
17.600 é o número de produtos produzido pela Procter & Gamble que conta com componentes produzidos na China.

US$175 milhões é o prejuízo a ser contabilizado pela Disney caso seus parques temáticos em Xangai e Hong Kong permaneçam fechados por dois meses.
Zero foi a receita de vendas nos cinemas na China durante a semana comemorativa do ano novo lunar. Isso se compara a uma receita de US$840 milhões obtida em 2019.
16% foi a participação da China no PIB global de 2018.

90% é o percentual das empresas exportadoras chinesas relatando dificuldades para embarcar seus produtos de acordo com uma pesquisa feita junto a 7.000 empresas.
85% é o percentual dos brinquedos no mundo que são fabricados na China. Tais empresas enfrentam dificuldades para entregar seus produtos devido a disrupções na cadeia de suprimentos global.
85% é a queda nas vendas divulgada pela Adidas em suas lojas na China durante o período do dia 25/1 ao dia 19/2.
92% é a queda nas vendas de veículos na China durante os primeiros 16 dias de fevereiro.
9,4% é o declínio registrado nas vendas das agências de viagens americanas durante a última semana.

38% foi a valorização no preço das ações da empresa Zoom Video Communications, um provedor de tecnologia para video-conferencing. Não é preciso dizer que diversos eventos presenciais estão sendo cancelados ao redor do mundo. Alguns estão sendo feitos online através da tecnologia da empresa Zoom.
US$100 milhões é a expectativa de redução nas vendas da empresa de chips Nvidia para o primeiro trimestre de 2020 devido a epidemia.
40% foi a redução no consumo de carvão das principais empresas de eletricidade da China em comparação com o ano anterior.
US$50 milhões é a expectativa de redução na receita da empresa Royal Caribbean Cruises devido a epidemia.
15 dias foi o tempo que ficaram fechados os cassinos de Macau - a cidade mais importante no mundo no mercado de jogos. Alguns analistas esperam um declínio de receita na casa de 65%.
US$428 milhões é a queda esperada nos lucros da empresa Baowu Steel Group -- a maior siderúrgica do país.
2.100 é o número de concessionárias da VW na China - 2/3 estão fechadas. 40% das vendas da empresa é oriunda da China!

US$25 milhões é a expectativa de queda na receita mensal da empresa Marriott devido os baixos níveis de ocupação vistos na região asiática nas últimas semanas.
US$35 a US$45 milhões de queda na receita da empresa Ralph Lauren devido ao movimento mais fraco na China, Japão e Coreia do Sul.
US$100 bilhões é a expectativa de queda de receita para linhas aéreas, aeroportos e outras indústrias relacionadas, de acordo com a consultoria International Bureau of Aviation.
US$1 trilhão é a perda potencial em termos de PIB global devido a paralisação vista na China, de acordo com alguns economistas.
500.000 é o número de barris/dia de petróleo que a Arábia Saudita deverá deixar de exportar para a China durante o mês de março. Normalmente o país fornece 1,7 milhões de barris/dia.
MyVOL / Marink Martins