O ceticismo de Charles Gave em relação ao euro

22/12/2021

Sempre que possível, Charles Gave expressa seu pessimismo com relação a viabilidade da moeda europeia. Ontem, em meio ao "chat" associado ao seu mais recente artigo, o estrategista nos prestigiou, de forma sucinta, com suas razões para tamanho pessimismo em relação a esta moeda que foi, originalmente, fruto de uma iniciativa de seu país de origem - a França. 

Segue a imagem de seu comentário abaixo, seguido de uma tradução:

Segue a tradução com alguns comentários adicionais que faço tomando como base a minha experiência como leitor ávido do trabalho do Charles:

Caro leitor,

Eu venho me opondo ao euro desde sua inauguração e me mantenho com a mesma opinião.

O primeiro "estrago" provocado pelo euro foi a destruição das atividades econômicas dos países do sul da Europa (Itália, Espanha, Grécia).

O segundo "estrago" foi a destruição do sistema bancário europeu. (aqui vale refletir a respeito da trajetória do Deutsche Bank).  

O terceiro "estrago" será a destruição do sistema previdenciário europeu (aqui vale refletir a respeito das taxas de juros negativas presentes nos títulos que estão nas carteiras dos fundos de pensão). (De acordo com Charles, esta tarefa de destruição já está quase cumprida.)

Como consequência de tudo isso, qualquer cidadão comum da Europa odeia o que ocorre em Bruxelas (sede do Banco Central Europeu -- BCE). Os ingleses já abandonaram o barco...

Nos últimos 20 anos, a melhor forma de superar os índices globais foi simplesmente evitar os ativos europeus. 

Charles Gave


Marink Martins



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