O curioso caso do contrato de opção PETRK21

16/09/2018

Uma das teses que venho explorando nos últimos meses com um razoável sucesso baseia-se na premissa de que o mercado, preocupado com as incertezas eleitorais, ao se antecipar e buscar proteção através do mercado de opções colabora para que a volatilidade realizada - aquela que realmente importa - esteja relativamente mais baixa do que a prevista. Vou explicar melhor.

Nunca em um período eleitoral o investidor pessoa física foi tão assediado como promessas de ganhos expressivos como o que vem acontecendo nesta eleição. Há centenas de investidores buscando proteção e milhares buscando por uma oportunidade de ganhos expressivos. Seja o objetivo proteção ou especulação, ambos passam por uma busca desenfreada por contratos de opções.

Nesta última sexta-feira a Empiricus Research, a casa de análise mais influente do Brasil, através de seu fundador, Felipe Miranda, reiterou sua aposta para as eleições ao recomendar que investidores comprassem contratos de opções de compra ("CALLs") de ações da Petrobras com vencimento em novembro deste ano. A recomendação foi feita especificamente para o contrato PETRK21, cujo preço de exercício ("strike") é de R$20,92.

Tal recomendação segue na sequência de uma outra feita em junho deste ano para os mesmos contratos.

O poder de influência de Felipe Miranda no mercado de ações brasileiro é tamanho que tal recomendação vem atraindo um enorme número de compradores compostos por investidores que provavelmente não estão tão familiarizados com a dinâmica do mercado de opções.

Afirmo isso pois dedico uma vida a este mercado e nunca vi algo similar ao que vem ocorrendo ao longo de 2018. Já é a terceira ocasião este ano em que Felipe Miranda faz com que um elevado número de titulares se unem em uma aposta na tal assimetria convidativa tão bem trabalhada pela Empiricus e seu fundador.

No caso deste contrato, a PETRK21, temos o que eu chamo de uma enorme "aberração", com 4.694 titulares versus somente 301 lançadores.

Observe que o titular de um contrato de opção é aquele que compra a opção e, consequentemente, tem o direito de comprar a ação da Petrobras ao preço pré-estabelecido ("strike price") até a data de vencimento do contrato. Já o lançador é aquele que vende o contrato, e consequentemente, tem a obrigação de vender tais ações na ocasião. O titular paga o prêmio enquanto o lançador recebe o prêmio associado a tal contrato vendido.

Como o máximo que o titular pode perder é o prêmio pago pelo contrato, ele não precisa depositar margens de garantia. Já o lançador, por estar exposto a perdas maiores do que prêmio recebido, este deverá depositar garantias no dia seguinte a operação realizada.

De volta ao caso da PETRK21 é importante destacar que os aproximadamente 10 milhões de contratos em aberto estão distribuídos por 4.694 titulares, de forma que, em média, cada titular seja possuidor de aproximadamente 2.000 contratos. Já cada lançador é responsável por aproximadamente 35.000 contratos.

Por experiência e observação posso afirmar que "neste confronto" há um exército de pessoas físicas de um lado (o lado da compra) contra um grupo de investidores institucionais do outro (o lado da venda).

Quem compra sonha com a vitória, ou mesmo o crescimento nas pesquisas, de um candidato reformista. Já quem vende já entra com um outro viés, um mais técnico, associado a obtenção de taxas através do mercado de opções.

Por tudo isso, acho que o momento é convidativo para tirarmos proveito deste evento através de operações estruturadas como a que eu comando através do projeto O Clube dos 5 apresentado pela Inversa Publicações.

Neste projeto os assinantes têm acesso a uma Operação Padrão que é ajustada dinamicamente conforme as condições do mercado são alteradas. A frequência de alteração tem sido, em média, de uma por dia e os assinantes são avisados via mensagem de SMS.

Além da Operação Padrão, o assinante do projeto conta também com uma "Live" diária as 15:00, onde não só falo sobre a estratégia mas também discuto o cenário econômico global. É importante destacar que a forma pela qual atuo no âmbito do projeto não envolve, de forma alguma, venda descoberta de contratos de opções. 

Embora não haja como prever o resultado das eleições, há como se preparar de forma probabilística.

O que mais me fascina ao descrever isso tudo é que estamos diante de teoria dos jogos "na veia". Nesta, a forma como seus participantes atuam afeta diretamente a tomada de decisão das contrapartes.

Confesso aqui que venho me surpreendendo com relação a coesão deste grupo de "comprados". Eles entram com um objetivo muito claro que é multiplicar seu capital e são extremamente fieis ao idealizador da proposta - o Felipe Miranda. Há um mês, tal operação chegou a estar rendendo um retorno de 50% e ninguém se desfez de sua operação ao longo do caminho. Algo surpreendente! Hoje, a operação recomendada em junho já acumula perda de 50% de seu valor. Tal perda é uma transferência de riqueza dos titulares para os lançadores dos contratos de opções.

De qualquer forma, acredito que a presença de um elevado contingente na compra exerça uma enorme contribuição para que a volatilidade do mercado fique confinada a um patamar razoável e não suba de forma expressiva como ocorreu na eleição de 2014.

Caso a minha premissa esteja correta, os próximos dois meses deverão se apresentar como oportunidades para que o Clube dos 5 registre retornos superiores à expectativa média. Caso você tenha interesse em conhecer o projeto em detalhes, não hesite em entrar em contato comigo através do emails marinkmartins@gmail.com.

Marink Martins 

www.myvol.com.br