Os fortes também choram

08/09/2020

Esse é o tamanho da queda nesta manhã. Surpreso? Bem, se você vem acompanhando o meu trabalho por aqui, você já deve estar cansado de me ouvir te chamando atenção do fato de que há uma aberração no mercado americano.

A aberração a que me refiro diz respeito ao fato de que a principal ação global (Apple) está com seus contratos derivativos (opções) negociando com uma volatilidade implícita que, não só está insustentavelmente elevada, mas está muito distante da média do mercado.

Sendo assim, a queda vista hoje não é uma surpresa. Foi cantada para você na semana passada. Esse comentário pode estar soando arrogante, mas não veja dessa forma. O meu objetivo aqui é te chamar atenção do VOL como um importante indicador de tendência.

Dito isso, aproveito também para destacar que, mesmo empresas renomadas, já registraram quedas expressivas no passado.

Observe os gráficos abaixo, ilustrando os "recuos" de preço registrados por diversas empresas consideradas sólidas nos EUA ao longo de sua respectiva história.

Como você pode observar, a empresa que hoje é a mais valiosa do mundo, passou por três grandes quedas ao longo de sua história. Falo aqui de quedas superiores a 75%!!!

Será que você, investidor de longo prazo, está preparado para conviver com esta possibilidade?

No passado, a diversificação nos ajudou bastante neste processo de proteção patrimonial. Contudo, nos dias de hoje, está cada vez mais difícil saber como diversificar os investimentos de forma apropriada.

Na mais recente crise, os fundos imobiliários - considerados por muitos como um porto seguro - tomaram um "tombo" digno de uma empresa especulativa do Nasdaq.

Por tudo isso, considero que, neste momento mais desafiador, o investidor deve considerar alocar boa parte de seus recursos em títulos do tesouro de curtíssimo prazo. Tenha munição pronta para tirar proveito de oportunidades de forma tática e tente não se apaixonar por narrativas corporativas.

Marink Martins

www.myvol.com.br