Sobre o novo presidente do BC, PETR4 e VALE3

É um orgulho ver Roberto Campos Neto como presidente do BC. Em 1996, eu e mais um grupo de 10 colegas, incluindo o novo presidente do BC, fizemos parte da turma de Novos Talentos do antigo Banco Bozano, Simonsen, adquirido posteriormente pelo Banco Santander.

Entre 1996 e 1999 atuei pelo banco através de sua corretora em Nova York. Durante todo esse período, a tesouraria do banco era capitaneada por dois talentos que hoje exercem enorme influência no mercado financeiro local: Roberto Campos Neto, recém-nomeado presidente do BC e Marcio Appel, fundador do fundo Adam Capital.

Apesar de ter tido um contato relativamente próximo ao Roberto no início da carreira, não tenho muito a comentar sobre a sua trajetória nos últimos 15 anos a não ser dizer que estamos diante de um trader de sucesso com uma formação acadêmica extremamente sólida.

A reação do mercado, a princípio, é positiva. Após uma sequência de dias negativos que levou o IBOV para níveis inferior a 85.000 pontos, temos um dia super positivo, animado com perspectivas de que a bolsa brasileira irá, em algum momento nas próximas semanas, receber um elevado volume de recursos. 

Em particular, as ações da PETR4 que tanto discuto por aqui, parecem ter feito um fundo um pouco abaixo de R$24. Já as ações da Vale, embora subam um pouco hoje, mostram fraqueza em linha com o argumento apresentado a vocês em um recente ThinkBOX.

Na próxima segunda-feira temos o vencimento de opções. Creio que o evento em si não trará muitas surpresas, uma vez que boa parte do mercado já rolou suas operações para a série L. 

Mais importante, entretanto, será a eventual votação relacionada a Cessão Onerosa que poderá ocorrer na terça-feira, dia 20/11. 

Sendo assim, acredito em um cenário construtivista para a Petrobras, com a ressalva de que o mapa dos contratos de opções de compra para a série L ainda apresenta uma elevada distorção entre o número de titulares - a grande maioria pessoas físicas - e o número de lançadores - em grande parte, institucionais. 

Marink Martins