Sobre o ouro e Petrobras vs IBOV -- UPDATE

19/05/2021

Na segunda-feira mencionei por aqui que o ouro estava dominando os "chats" internacionais. Pois é, hoje, Louis-Vincent Gave, fundador da Gavekal, questiona: É chegada a hora do ouro?

As motivações para tal questionamento vão além das configurações técnicas "altistas" detectadas recentemente (o preço voltou a negociar acima da média móvel de 200 dias). Temos o mercado de criptomoedas exibindo sinais claros de exaustão e, também, medidas associadas ao Acordo de Basiléia III que tendem a sacudir o mercado de commodities metálicas. Tais medidas estão planejadas para entrar em vigor na Europa em junho deste ano e no Reino Unido no início de 2022, embora elas possam ser revertidas antes da pré-estabelecida "deadline". Em seu texto, o autor brinca que é necessário uma alma muito corajosa para ficar vendido a descoberto em contratos futuros associados ao ouro diante das incertezas regulatórias. 

No mais, esta quarta-feira se apresenta como um dia de realização de lucros no setor de mineração e siderurgia. As australianas BHP, Rio Tinto e Fortescue tomaram um tombo superior a 3% durante a nossa madrugada. Com a Vale exibindo o maior peso do IBOV, é possível que o nosso índice sofra. A não ser que... a Petrobras e os bancos exerçam um efeito compensatório. 

Nos meus últimos textos, mencionei a ocorrência de um "Corner de Skew" nos contratos de opções associados a Petrobras PN em referência ao formato da curva de volatilidade. Bem, tal configuração permanece. Sendo assim, continuo acreditando que a Petrobras tende a registrar uma performance superior à do IBOV. Finalizo convidando o leitor a se preparar adequadamente ao novo formato de vencimento de opções que entra em vigor nesta sexta-feira. Como o formato é inaugural ele poderá trazer surpresas não agradáveis como a falta de liquidez na negociação de opções vincendas. Sendo assim, prepare-se. 

Marink Martins

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