SUDERJ Informa: SAI ações de Mercados Emergentes, ENTRA ações de empresas americanas de menor porte (Russel 2000)

12/06/2018

No gráfico acima, o comportamento do índice Russel 2000 (linha azul) comparado ao índice de mercados emergentes EEM (linha verde) para os últimos 5 dias.


Se concordarmos que um mercado de ações saudável é um que, ao se valorizar, o faz demonstrando um movimento contínuo de rotação setorial, o mercado americano vai muito bem, obrigado!

Ao longo dos últimos anos, a história da bolsa americana tem sido uma associada a forte valorização das ações do setor de tecnologia. Tal setor ganhou tamanha relevância que sua participação no índice S&P 500 se tornou uma fonte de preocupação para muitos analistas que passaram a classificar o movimento como insustentável.

E não é que na iminência de vermos uma empresa atingir uma capitalização de mercado de US$1 trilhão (Apple ou Amazon, especula-se), outros setores começam a se destacar e passar uma sensação que as turbulências registradas nos últimos meses podem ter ficado para trás. (Para maiores informações, veja: https://www.myvol.com.br/l/a11-06-18-17h-fechamento/)

De fato, nas últimas semanas, há uma impressão de que o investidor global promoveu uma forte realocação de recursos em direção a ações de empresas de menor porte. O índice Russel 2000 que reúne tais empresas está registrando novas máximas em um momento marcado por adversidades no segmento ligado a mercado emergentes.

"Blame it on the dollar!" (Culpem o dólar!) -- diria um analista veterano! De fato, a valorização da moeda americana parece ser a responsável por este movimento que vem atraindo capitais de volta a América. Estudos recentes apontam para uma saída de aproximadamente US$12 bilhões de mercados emergentes só no último mês. O curioso é que tudo isso ocorre justamente no mês em que ações de empresas que atuam na China continental ("A-shares") passaram a ser incluídas no índice de mercados emergentes da MSCI. Em suma, a pressão de venda nas bolsas de países considerados vulneráveis foi fortíssima.

E o que esperar para os próximos meses?

A resposta mais comum a esta pergunta nos leva a pensar a respeito das perspectivas para a moeda americana. O senso comum diz que caso o dólar se fortaleça ainda mais, o movimento corrente tende a se alongar. Caso contrário, é possível vermos uma certa retomada para os emergentes.

Bem, da minha parte, considero o mercado complexo demais para tirarmos conclusões baseadas na movimentação de um único ativo.

Acho o momento propício para aquisição de proteção nos EUA através da compra de contratos futuros do VIX (medida associada a volatilidade do índice S&P 500). Digo isso por estarmos diante de inúmeras incertezas globais relacionadas a pactos comerciais, políticas monetárias, e liderança política. Temos diversas eleições no horizonte.

Talvez, a melhor coisa a ser feita neste exato momento seja pausar para umas férias com a família. Quem sabe acompanhar os jogos da Copa. Pense nisso!

Marink Martins

Os últimos dois anos foram sensacionais para o investidor focado em ações de empresas norte-americanas. Abaixo, temos um gráfico de "Trailing Real Returns" do S&P 500 desde 1960. Este gráfico nos mostra o retorno real do índice em janelas de 2 anos.

Ainda que o momento atual não seja, nem de perto, um associado a uma crise financeira clássica, os últimos eventos deixaram muitos investidores "machucados". Afinal, no último mês tivemos 3 eventos que historicamente foram catalisadores para fortes valorizações das ações brasileiras. Refiro-me aos seguintes eventos:

Venho argumentando que, por trás do "rally" visto no preço das ações chinesas, há, dentre muitos fatores, um associado à rivalidade entre a China e a Índia. Explorei este tema em maiores detalhes neste vídeo que você pode acessar clicando aqui.

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