Uma auto-crítica construtiva!

29/06/2018

Gravei um vídeo no início de março que você pode assistir novamente aqui (ver abaixo). O seu título é certamente um ótimo material de marketing, uma vez que vimos uma derrocada nos mercados. Entretanto, o recoloco aqui com um intuito informativo após fazer uma autocrítica sobre o seu conteúdo. 

Fiquei feliz com o material e com a mensagem divulgada, mas, se você assisti-lo, verá que uma das principais previsões -- aquela de um dólar mais fraco -- não se materializou. Muito pelo contrário! O dólar se fortaleceu é tornou-se o pilar de sustentação da bolsa americana. Sua valorização provocou a saída de aproximadamente US$12 bi de mercados emergentes que foram, em parte, direcionados a ações de empresas de médio porte dos EUA, contribuindo assim para que o índice Russell 2000 registrasse novas máximas.

Além disso, de lá para cá muita coisa aconteceu. Nos EUA o grupo considerado "linha dura", representado por Peter Navarro, se saiu vitorioso frente aos globalistas, representado por Gary Cohn. A guerra comercial se intensificou. A Coréia do Norte já não representa mais o mesmo risco geopolítico de outrora.

Mesmo assim, o investidor deve manter-se focado nos 3 principais preços na economia:

  • O valor do dólar medido pelo índice DXY
  • O preço do petróleo
  • A taxa de juros dos títulos de 10 anos norte-americanos

E sobre os preços acima, fique atento ao preço do petróleo pois sua curva acabou de entrar em "backwardation"; isto é, o preço "spot" está mais alto do que os preços negociados no mercado futuro.

Já o valor do dólar, medido pelo índice DXY, permanece alto, gerando uma certa tensão nos mercados emergentes.

Quanto a taxa de juros dos títulos de 10 anos, ela recuou um pouco refletindo uma maior preocupação com o desaquecimento das economias globais; em particular, as economias europeias e a chinesa.

E por falar em China, sua bolsa entrou em um mercado baixista e sua moeda vem se desvalorizando, em um sinal de que o mercado espera uma reação chinesa à postura protecionista norte-americana.

Um bom fim de semana a todos,

Marink Martins

Nos últimos 30 dias, o Ibovespa -- denominado em reais -- registrou uma queda 1,5% enquanto o índice S&P 500 caiu 2,9%. A "outperformance" local chegou a se aproximar de 4%, mas os últimos dias não foram bons para as ações brasileiras devido a preocupações com o "fiscal", a divulgação de resultados corporativos não animadores (Usiminas) e uma...

Que os governos estão gastando muito mais do que deveriam não é uma novidade para ninguém. Entretanto, o que muitos não observam é que este fenômeno -- predominante no Brasil -- vem ocorrendo em uma intensidade maior em países desenvolvidos como os EUA, Japão e os europeus.

A húbris ou hybris é um conceito grego que pode ser traduzido como "tudo que passa da medida; descomedimento" e que atualmente alude a uma confiança excessiva, um orgulho exagerado, presunção, arrogância ou insolência, que com frequência termina sendo punida.

www.myvol.com.br