Uma bela oportunidade de entrada

15/06/2023

O mar subiu no Rio de Janeiro e, por isso, furar as ondas do "quebra-coco" deve ser feito de forma estratégica. Aquele que entra de forma casual arrisca-se a gastar energia em vão. De forma similar, há um enorme grupo de investidores globais que esperam pacientemente por uma oportunidade de entrada neste mar revolto chamado mercado emergente. Penso que é chegada a hora!

Dentre os argumentos, a decisão do FED de pausar o aperto monetário tem cheiro de parada definitiva; ou algo muito próximo disso. Além disso, os principais índices de referência globais -- carteira MSCI Global -- estão simplesmente alocados demais em ativos norte-americanos. É chegada a hora de um ajuste que, mesmo que seja de leve, tende a representar uma entrada muito convidativa em mercados emergentes tidos como "baratos" como o mercado de ações do Brasil. Para melhorar, tivemos ontem um "empurrãozinho" pela agência de "rating" S&P que melhorou a perspectiva da classificação de risco do país.

Nesta semana, gravei um vídeo para a série MyCAP Tendências Globais em que falo a respeito dos riscos associados a processos de indexação. Você pode conferir o vídeo ao clicar aqui. O vídeo foi inspirado em um comentário feito pela equipe do Nick Colas da casa de pesquisa Datatrek. Veja abaixo como os EUA dominam a carteira MSCI Global. Observe também que empresas como a Apple e a Microsoft atualmente contam com um peso superior ao registrado por países como a China e a Alemanha.

A look at MSCI's All-Country Index says otherwise. Here are the top 10 weightings by country:

US: 61.3 percent

Japan: 5.6 pct

United Kingdom: 3.6 pct

China: 3.2 pct

France: 3.0 pct

Canada: 2.9 pct

Switzerland: 2.5 pct

Germany: 2.1 pct

Australia: 1.8 pct

Taiwan: 1.7 pct

And here are the top 5 names and their weightings:

Apple: 4.6 percent

Microsoft: 3.7 pct

Alphabet: 2.2 pct

Amazon: 1.7 pct

Nvidia: 1.5 pct

Sabe-se que, historicamente, as ações de mercados emergentes tendem a "caminhar bem" em momentos em que o FED tira o "pé do freio". Ontem, a instituição monetária americana não chegou a dizer que a temporada de aperto acabou. No entanto, ao olharmos para o comportamento das ações e do câmbio brasileiro há indícios de que o ponto de virada se aproxima. Não há garantias de que o mar ficará calmo por muito tempo. Os mais ansiosos devem buscar proteção através dos derivativos. Já aos mais ousados preciso repetir a seguinte frase: o Ibov vai "atropelar" o S&P 500 nos próximos 10 anos! Uma expressão hiperbólica que deve servir como inspiração para um "trade" com horizonte de longo prazo. Prossiga com calma e ajuste o tamanho da operação para não tomar uma "vaca" no mercado.

Marink Martins

www.myvol.com.br